Goldman Sachs: Selic vai acabar o ano em 5,5%

Diante do corte da Selic em 50 pontos-base na reunião do Copom da última quarta-feira (1), o Goldman Sachs publicou relatório avaliando a decisão de política monetária.

A instituição destaca que a recuperação cíclica da economia está fraca, porém ainda espera-se que retorne à tendência de recuperação gradual.

“Em adição, o pano de fundo externo agora é avaliado como tendo “se tornado benigno” ao invés de “menos adverso” em relação à reunião de junho”.

Ancoragem nas reformas

Além disso, o Copom reconheceu os recentes progressos nas reformas estruturais, porém destaca que desdobramentos adicionais “são essenciais para o declínio da taxa básica de juro estrutural/natural”, e enfatizou que “progresso material na agenda é fundamental para a consolidação do cenário benigno para a inflação”.

“Esperamos que a Selic chegue a 5,5% no final de dezembro (neste estágio desenhamos dois cortes adicionais de 25 pontos-base) e permaneça neste nível durante 2020”, diz o banco, não descartando ciclo mais intenso de afrouxamento monetário, caso o crescimento não se firme e a inflação permaneça abaixo da meta de 4%.