Goldman Sachs: queda nos preços está ajudando o varejo
O varejo deve começar a sentir os sinais positivos da queda dos preços dos alimentos e da inflação em geral sobre as vendas, avalia o Goldman Sachs em uma análise publicada após a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta terça-feira (15) pelo IBGE.
O volume de vendas no comércio varejista cresceu 1,2% na passagem de maio para junho. Já a receita nominal teve expansão de 0,8%. Na comparação com junho de 2016, as vendas tiveram alta de 3% no volume e 2,4% na receita.
No varejo ampliado, que considera oito atividades varejistas, além de veículos e peças e materiais de construção, o volume teve alta de 2,5% em junho, depois de uma queda de 0,2% em maio. Na comparação com junho de 2016, o varejo ampliado teve alta de 4,4%.
Álvaro Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, avalia que a perspectiva de curto prazo para o consumo privado e as vendas no varejo continua desafiadora por conta das condições de crédito apertadas, altos níveis de inadimplência. Além disso, as incertezas políticas também têm a sua participação ao adiar a vontade de compra de bens duráveis.
“Por outro lado, o declínio muito significativo dos preços dos alimentos e da inflação geral que está apoiando o crescimento da renda dos salários reais e o declínio das taxas de empréstimos deve começar a incentivar cada vez mais o consumo privado e a atividade de varejo”, explica Ramos.