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Goldman Sachs: nova meta de inflação precisa do ajuste fiscal para dar certo

29 jun 2017, 15:52 - atualizado em 05 nov 2017, 14:00

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A decisão de reduzir a meta de inflação, anunciada nesta quinta-feira (29) pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), foi bem recebida pelos economistas ao demonstrar um comprometimento com o controle dos preços. O esforço da equipe econômica, contudo, pode cair por terra sem um ajuste fiscal, avalia o banco Goldman Sachs.

A meta de inflação para 2019 foi definida em 4,25% e para 2020 em 4%. Esta é a primeira redução no objetivo a ser perseguido pelo BC desde 2003, quando o CMN definiu a meta de inflação para 2005 em 4,5%.

“A credibilidade da autoridade monetária e o atual ambiente benigno de inflação tornam os novos objetivos possíveis e alcançáveis”, avalia o economista Alberto Ramos, que assina um relatório sobre o tema distribuído hoje a clientes.

“A finalidade da extensão desse prazo é exatamente porque estamos gradualmente iniciando um processo de convergência para padrões internacionais”, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Ajuste fiscal

Ramos ressalta, contudo, que a nova meta só fará sentido com o avanço do ajuste fiscal no Brasil.

“Para que os novos objetivos de ancorar as expectativas de inflação tenham sucesso, é fundamental que o esforço monetário seja complementado com progressos tangíveis para uma maior consolidação fiscal e a adoção de micro e macro reformas de longo alcance que tornem a economia mais flexível e produtiva”, ressalta.

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