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Goldman Sachs está cauteloso com grandes bancos no Brasil; resultados do 4º tri em foco

21 jan 2020, 12:42 - atualizado em 21 jan 2020, 12:42
Itaú Unibanco
Os bancos devem se beneficiar de um ganho extraordinário, sem efeito caixa, afirma especialista (Imagem: Gustavo Kahil/ Money Times)

Analistas do Goldman Sachs continuam cauteloso com bancos no Brasil, calculando que os resultados do quarto trimestre de 2019 devem levar a nova compressão nos retornos ao patrimônio (ROE), conforme relatório nesta terça-feira com prévia para os balanços de instituições financeiras brasileiras.

“Os bancos devem se beneficiar de um ganho extraordinário, sem efeito caixa, relacionado à reavaliação de impostos diferidos antes do aumento de tributos no próximo ano, mas isso pode ser compensado por provisões únicas adicionais”, afirmou a equipe liderada por Tito Labarta.

A equipe do GS afirma esperamos um trimestre misto para os bancos brasileiros, com ROEs entre estáveis a mais baixos nos grandes bancos, enquanto BTG Pactual e Banco Inter devem apresentar ROEs mais altos.

O crescimento do empréstimo deve aumentar modestamente em um trimestre sazonalmente forte, enquanto a margem financeira (NIM) pode sofrer pressão por taxas de juros mais baixas, embora a qualidade dos ativos deve permanecer sob controle, avaliam.

O crescimento do empréstimo deve aumentar modestamente em um trimestre sazonalmente forte (Imagem: Facebook/BTG Pactual)

As tarifas, na visão dos analistas, devem permanecer fracas, mas algumas das recentes pressões podem diminuir, enquanto os bancos continuam focados no controle de custos.

“Acreditamos que todos os olhos estarão voltados para os guidances para 2020, onde esperamos tendências em sua maioria fracas, dadas as taxas de juros mais baixas, o limite para as taxas de cheque especial e as alíquotas tributárias mais altas.”

Santander
As tarifas, na visão dos analistas, devem permanecer fracas (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A temporada de balanços dos bancos no país começa no próximo dia 29, com os números do Santander Brasil (SANB11), para o qual o Goldman Sachs prevê lucro líquido recorrente de 3,784 bilhões de reais, enquanto a margem financeira (NII) deve ficar em 6,1% e o ROE recorrente em 20,5%.

Para o Bradesco (BBDC4) , que reporta balanço em 5 de fevereiro, a previsão é de lucro recorrente de 6,49 bilhões de reais, com NIM a 4,5% e ROE de 19,2%. No mesmo dia, Banco Inter (BIDI11) deve mostrar lucro de 21 milhões de reais, NIM de 7,9% e ROE de 3,9%.

No dia 10 de fevereiro, o Itaú Unibanco (ITUB4)  apresenta balanço, que na visão dos analistas deve mostrar lucro líquido recorrente de 7,026 bilhões de reais, com a margem financeira (NIM) em 4,8% e o retorno sobre o patrimônio (ROE) recorrente em 22,1%.

O Banco do Brasil (BBSA3), que divulga seu desempenho em 13 de fevereiro, deve alcançar lucro líquido recorrentede 4,281 bilhões de reais, com NIM em 3,8% e ROE recorrente de 16,5%. Um dia depois, o BTG Pactual (BPAC11)  deve mostrar lucro recorrente de 1,09 bilhão de reais e ROE recorrente de 20,9%.

O Goldman Sachs tem recomendação de ‘compra’ para Banco do Brasil, recomendação ‘neutra’ para BTG Pactual e Santander Brasil e recomendação de ‘venda’ para Itaú Unibanco, Bradesco e Banco Inter.

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