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Goldman Sachs eleva recomendação para as ações da Klabin após nova política de dividendos; é hora de comprar KLBN11?

31 out 2024, 13:38 - atualizado em 31 out 2024, 17:57
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Banco elevou a recomendação de compra para neutro e manteve o preço-alvo de R$ 20 para as ações da Klabin (KLBN11) (Imagem: Divulgação/Klabin)

O recente anúncio de medidas para a redução do endividamento da Klabin (KLBN11) levou o Goldman Sachs a revisar a sua visão sobre a companhia.

O banco elevou a recomendação dos papéis da companhia de venda para neutra. 

Em reação, os papéis operaram em alta no Ibovespa nesta quinta-feira (31). KLBN11 subiu 0,34%, a R$ 20,86. Acompanhe o Tempo Real. 



Na avaliação dos analistas, os recentes anúncios da companhia mostram “firmeza” nos compromissos de desalavancagem, incluindo a redução dos dividendos para um valor entre 10% e 20% do Ebitda ajustado e a redução do teto para a relação de dívida líquido/Ebitda para menos de 4x. 

“Como consequência, acreditamos que a empresa tem abordado muitas das preocupações com o fluxo de caixa livre”, escreveram os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, em relatório. 

O Goldman Sachs também avalia o anúncio de uma parceria com um fundo florestal como um fator positivo. O acordo prevê a monetização de R$ 1,8 bilhão a R$ 2,7 bilhões em ativos florestais, mas ainda depende de aprovação regulatória. 

Klabin (KLBN11): é hora de comprar?  

O Goldman Sachs, por sua vez, não fez mudanças nas estimativas para a companhia e manteve um preço-alvo de R$ 20 para KLBN11 — o que representa um potencial de desvalorização de 2,7% em relação ao fechamento da última quarta-feira (30). 

Na visão do banco, a pressão sobre o fluxo de caixa livre (FCF) deve atingir um pico em 2024, seguida por uma geração positiva, devido à normalização do capex (investimentos) e algum crescimento dos lucros —  embora o rendimento acumulado do FCF seja menor que o dos pares, em 21% em 2025-27 ante 32% para a média do grupo de pares.

Os analistas também avaliam que a redução nos preços de celulose, agora 26% abaixo do pico de preço, devem pressionar os números da companhia. 

“Embora pensemos que a maior parte da correção do preço da celulose já ocorreu,  ainda vemos algum risco de queda devido à diminuição da taxa de utilização declinada para madeira nobre e sentimento macroeconômico negativo pesando nas intenções de reposição de estoque dos compradores”, escrevem os analistas. 

A ação KLBN11 também está “cara”. “Continuamos acreditando que CMPC, COPEC e Suzano (SUZB3) estão melhor posicionadas, principalmente em termos de valuation.”

Nas contas do banco, Klabin está sendo negociada a 7,4x o valor da empresa/ebitda (EV/Ebitda) para 2025, enquanto as demais companhias do setor operam a 5,2x EV/Ebitda 2025. 

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