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Goldman Sachs eleva preço-alvo para Vale e Bradespar

06 mar 2017, 14:39 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

O Goldman Sachs elevou as projeções para as ações da Vale e da Bradespar, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (6). Segundo o documento, o valor estimado em 12 meses para as ADRs (American Depositary Receipts) que representam as ações ordinárias (VALE3) da Vale na Bovespa passou de US$ 9,20 para US$ 10. Já para as preferenciais de classe A (VALE5), ovalor subiu de US$ 8,40 para US$ 9,10. Para a Bradespar (BRAP4), a projeção mudou de R$ 20,70 para R$ 22,60. A recomendação é neutra para todos os ativos.

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A indicação ainda cautelosa para as ações da Vale é justificada pelo risco de queda dos preços do minério de ferro. Os analistas Humberto Meireles e Thiago Auzier têm uma projeção de US$ 50 dólares a tonelada para o final de 2018. A commodity negocia atualmente no mercado à vista perto dos US$ 90 a tonelada.

O Goldman Sachs reitera a sua preferência pelas ações da Bradespar em relação às da Vale. “Embora um risco-chave para o nosso preço-alvo seja a aprovação do novo acordo de acionistas da Vale, se continuada, a reestruturação da Vale implica um risco de alta para o valor patrimonial da Bradespar”, ressaltam.

Acordo de acionistas

A Vale anunciou em 20 de fevereiro um novo acordo de acionistas que resultará em sua ida ao Novo Mercado por meio de uma troca e unificação dos ativos negociados hoje na Bolsa. A proposta visa realizar esta troca entre 18 de junho e 30 de julho. Os acionistas da Valepar passam a ser acionistas diretos da Vale com um incremento da posição acionária dos acionistas Valepar de 10% (diluição de 3% para os demais acionistas).

“A proposta da Vale poderia melhorar a opinião dos investidores sobre a governança e reduzir o risco de intervenção governamental em potencial”, explica o Goldman Sachs. Os analistas ressaltam, contudo, que a diferença na diluição de 0,7% para os minoritários detentores da VALE3 e 8,4% para os da VALE5 pode elevar o risco de que os termos do acordo não sejam aprovados.

Os analistas calculam que as ações negociam a um prêmio de 2% sobre a relação de troca proposta. “Puramente de uma perspectiva técnica, o prêmio poderia sugerir que os acionistas minoritários esperam uma alteração dos termos da reestruturação”, avaliam.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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