Goldman Sachs corta ação da Embraer para venda
O Goldman Sachs cortou a recomendação para as ações da Embraer (EMBR3) de compra para venda após identificar que o plano de redução de custos da empresa não teria se traduzido em margens maiores, mostra o relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (10) e obtido pelo Money Times.
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“A Embraer implementou o plano de redução de custos, mas a melhora nas margens não seguiu e acreditamos que elas têm ventos desfavoráveis adiante. A linha de E-Jets tem substanciais problemas após 2017, e a demanda para jatos regionais tem sido fraca”, explicam os analistas Noah Poponak, Gavin Parsons e Matthew Porat.
Com isso, o preço-alvo avaliado para os papéis negociados em Nova York foi reduzido de US$ 26 para US$ 18. Os ativos negociam atualmente em torno de US$ 21,32.
O banco ressalta que os desafios continuam nos negócios de jatos comerciais (28% das receitas) e defesa (15% das receitas), especialmente no Brasil.
“O real se fortaleceu e todas as aeronaves são vendidas em dólar, enquanto um alto percentual dos custos está em reais”, pontuam os analistas. Eles acreditam que o lucro operacional e a geração de caixa serão menores a partir de agora, após vários anos consecutivos com o fluxo de caixa livre negativo.
O banco avalia que poderia se tornar mais otimista com a Embraer caso veja o suficiente aumento dos pedidos para os jatos regionais em um ritmo de em torno de 100 aeronaves ao ano por alguns anos. “Além disso, precisamos ver o impacto significativo da execução sobre as margens, já que o plano recente não parece ter tido impacto relevante”, concluem.