Goldman Sachs: Chance de corte de 100 pontos-base na Selic é crescente
A taxa Selic poderá ser cortada mais rapidamente e com reduções maiores. Essa é a visão geral que a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central passou para o mercado e os economistas. O juro foi cortado em 75 pontos-base, para 12,25% ao ano, pela segunda vez consecutiva após ter elevado o ritmo a partir de 25 pontos.
“Com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária [redução da Selic]”, diz a ata.
Histórico do juro na gestão de Ilan Goldfajn
Segundo economista-chefe do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, o Copom permanece confortável com a evolução recente da inflação real e esperada, tornou-se mais construtivo (ou menos preocupado) sobre as perspectivas de atividade real e vê um equilíbrio simétrico equilibrado de riscos para a inflação.
“Além disso, o Copom promete não reagir exageradamente ao declínio da inflação impulsionado pelo choque favorável na oferta agrícola (mas poderia reagir aos efeitos positivos em um segundo momento)”, avalia Ramos. Ele mantém a projeção de um corte de 75 pontos-base para a próxima reunião (11 e 12 de abril), “com a probabilidade de um corte maior de 100 pontos crescendo dado a melhora adicional nas expectativas de inflação e um mercado de trabalho ainda em deterioração”.