Goldman Sachs: Ajuste fiscal deve ser prioridade a partir de 1º de janeiro de 2019
O Goldman Sachs avalia que a consolidação fiscal do Brasil precisa estar no topo da agenda do próximo presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2019 para recolocar o país no caminho do crescimento econômico, destaca uma análise assinada pelo economista-chefe do banco, Alberto Ramos.
“Além da execução fiscal responsável, não esperamos ver muito progresso na consolidação fiscal estrutural para o restante da atual administração. Portanto, a consolidação fiscal precisa estar no topo da agenda de políticas da administração que será eleita em outubro e tomada em 1º de janeiro de 2019”, afirma.
Ele destaca que a economia ainda está operando com um alto grau de folga em termos de utilização de recursos (o hiato do produto negativo e a taxa de desemprego ainda estão significativamente acima da Nairu). A taxa de desemprego não aceleradora da inflação (Nairu, em inglês), é o nível neutro em que o emprego não pressiona a inflação.
“Além disso, ressaltamos que o progresso em direção à consolidação fiscal nos níveis federal e subnacional permanece, em nossa avaliação, fundamental para ancorar o sentimento do mercado e apoiar o sentimento do consumidor e dos empresários”, pontua.