Goldman reduz risco de recessão nos EUA para 20% e se diz mais confiante com corte de juros
O Goldman Sachs reduziu o risco de recessão nos Estados Unidos (EUA) nos próximos 12 meses de 25% para 20%.
O economista-chefe do banco, Jan Hatzius, e sua equipe elevaram as chances de uma crise econômica após a divulgação do payroll de julho. No entanto, agora, eles avaliam que os dados divulgados desde 2 de agosto — incluindo vendas no varejo e pedidos de auxílio-desemprego — não mostram sinais de recessão.
“Quando a recessão ataca, ela geralmente ataca rápido. Isso significa que as notícias tranquilizadoras sobre atividade econômica, demissões e condições financeiras merecem algum peso na avaliação se o relatório de empregos de julho foi uma indicação de que a recessão está começando ou apenas uma impressão fraca”, dizem.
Os economistas avaliam ainda que, se o relatório de empregos que será divulgado em 6 de setembro for “razoavelmente bom”, podem cortar a probabilidade de recessão de volta para 15%.
O ciclo de corte de juros nos EUA
A equipe do Goldman também está mais confiante de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) cortará os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.) na reunião de 17 a 18 de setembro.
Apesar disso, ponderam que outra surpresa nos próximos dados de emprego pode desencadear um movimento de 0,50 p.p.
“Com a inflação muito benigna e o mercado de trabalho totalmente reequilibrado, tornou-se cada vez mais óbvio que uma taxa de juros de 5,25% a 5,50% — agora a mais alta do G10 — é excessiva”, afirmam.
Em relação ao ritmo dos cortes nos EUA, os economistas dizem que tanto o comportamento histórico do BC quanto a fala de Jerome Powell de que uma redução de 0,50 p.p. não está no radar sugerem que o Federal Reserve (Fed) escolherá o caminho mais gradual.