Goldman planeja grande reestruturação para combinar suas maiores unidades, diz Reuters
O Goldman Sachs está planejando uma grande reorganização de estrutura para fundir seus maiores negócios em três divisões, o que inclui a junção das unidades de banco de investimento e trading, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters.
Os planos, que devem ser anunciados em 18 de outubro, em conjunto com os resultados do terceiro trimestre, também incluem a absorção do banco de varejo pela unidade de gestão de patrimônio, disse a fonte, confirmando uma matéria anterior do Wall Street Journal.
Um porta-voz do Goldman Sachs não comentou.
A operação combinada de banco de investimento e trading será supervisionada por Dan Dees e Jim Esposito, que atualmente são codiretores globais do banco de investimento do Goldman, e Ashok Varadhan, codiretor da divisão de mercados globais, disse a Bloomberg.
Marc Nachmann, codiretor da divisão de mercados globais, ajudará a administrar o braço combinado de gestão de ativos e patrimônio, disse o Wall Street Journal.
O banco de varejo Marcus fará parte da unidade de gestão de ativos e patrimônio, acrescentou a reportagem.
O Goldman não comentou.
Atrasos na Marcus
A planejada reorganização ocorre à medida que o banco busca reduzir sua dependência de receitas voláteis de trading e bancos de investimento, ampliando negócios baseados em taxas.
Isso significaria que a ambição do presidente-executivo do Goldman, David Solomon, de construir um banco digital de massa por meio da unidade de varejo Marcus ficará em segundo plano.
No meio do ano, o Goldman previu internamente que as perdas da unidade aumentariam para mais de 1,2 bilhão de dólares em 2022, informou a Bloomberg, o que significa que os prejuízos acumulados excederão 4 bilhões de dólares. O Goldman não comentou.
A unidade sofreu alguns atrasos – ainda não estreou uma conta corrente que, indicou anteriormente, será lançada neste ano – e está gastando muito dinheiro.
A Marcus oferece produtos como empréstimos, poupança e certificados de depósito, e, por meio de sua parceria com a Apple, também oferta cartões de crédito.
O Goldman deve divulgar um lucro líquido de 2,77 bilhões de dólares no terceiro trimestre, de acordo com projeções de analistas compiladas pela Refinitiv, abaixo dos 5,38 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado.
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