Recessão

Goldman eleva risco de recessão ‘limitada’ nos EUA para 25% e espera forte sequência de corte de juros

07 ago 2024, 15:30 - atualizado em 07 ago 2024, 15:30
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Goldman eleva risco de recessão ‘limitada’ nos EUA para 25% e espera forte sequência de corte de juros (Imagem: Reuters/Kevin Lamarque)

O Goldman Sachs elevou o risco de recessão nos Estados Unidos nos próximos de 12 meses para 25%, após a divulgação do payroll de julho, que assustou os mercados nesta semana. O economista-chefe do banco, Jan Hatzius, e sua equipe avaliam que a potencial crise econômica é “limitada”.

“Embora acreditemos que os riscos são um pouco maiores do que a probabilidade média incondicional histórica de 12 meses de cerca de 15%, continuamos a ver o risco de recessão como limitado porque os dados ainda parecem bons no geral e não vemos grandes desequilíbrios financeiros”, dizem.

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Os economistas também se tranquilizam com o fato de que o Federal Reserve (Fed) ainda tem 5,25% de espaço para cortar a taxa de juros . Segundo eles, Banco Central norte-americano, “certamente, será eficaz em apoiar a economia”.

“Embora alguns dos fatores que amorteceram o impacto dos aumentos de taxas também possam amortecer o impacto dos cortes, há bastante espaço para resolver o que parece ser um problema moderado até agora”, afirmam.

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Juros dos EUA

O Goldman também elevou a previsão para corte de juros nos EUA, após os dados do mercado de trabalho. Agora, os economistas esperam uma sequência inicial de três cortes de 0,25 ponto percentual (p.p.) em setembro, novembro e dezembro.

Anteriormente, eles esperavam que as reduções na taxa seriam trimestrais, porque o propósito seria apenas normalizá-las. “Agora, o nível da taxa parece inapropriadamente alto. A justificativa para o corte agora inclui a prioridade mais urgente de apoiar a economia”, dizem.

“A premissa da nossa previsão de um corte de 0,25 p.p. em setembro é que o crescimento do emprego se recuperará em agosto e o Fomc julgará cortes consecutivos de 0,25 p.p. uma resposta suficiente a quaisquer riscos de queda”, reiteram.

Em relação à cortes maiores ou de emergência, o Goldman avalia que o Fomc só fez reduções entre reuniões ou de 0,50 p.p. quando havia uma crise clara ou um choque econômico negativo. “Quando os dados — em particular os números de pedidos de auxílio-desemprego — eram visivelmente piores do que têm sido até agora”, afirmam.

De o relatório de emprego de agosto for tão fraco quanto o de julho, os economistas veem que um corte de 0,50 p.p. seria provável em setembro.