Bancos

Goldman e Morgan Stanley divulgarão mais dados sobre diversidade

09 dez 2020, 14:21 - atualizado em 09 dez 2020, 14:21
Morgan Stanley
O Morgan Stanley publicou seu primeiro relatório de diversidade nas últimas semanas e forneceu mais clareza sobre dados demográficos de funcionários do banco (Imagem: REUTERS/Mike Blake)

Depois de evitar durante anos total transparência sobre a demografia da força de trabalho, dois dos maiores bancos dos EUA, Goldman Sachs e Morgan Stanley, disseram que estão prontos para essa abertura.

“É uma forma de mostrar ao mundo que nos responsabilizaremos”, disse Susan Reid, diretora global de diversidade e inclusão do Morgan Stanley durante o evento Bloomberg New Voices, na terça-feira. “Compartilhar dados faz parte do que todos precisamos fazer.”

Erika Irish Brown, que supervisiona diversidade no Goldman Sachs, disse durante o mesmo painel que a empresa lançará um relatório “em maior escala” sobre os funcionários em abril.

“Todo mundo reconhece a necessidade de ser mais transparente”, disse. “Nossa equipe quer essa transparência.”

O Morgan Stanley publicou seu primeiro relatório de diversidade nas últimas semanas e forneceu mais clareza sobre dados demográficos de funcionários do banco. Reid disse que o banco “chegou a um lugar em que estávamos preparados” para revelar os dados.

Erika Irish Brown, que supervisiona diversidade no Goldman Sachs, disse durante o mesmo painel que a empresa lançará um relatório “em maior escala” sobre os funcionários em abril (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Grande parte da liderança do banco é formada por homens brancos. Em 2018, de 1.705 executivos, 23 eram negros e 14 negras, de acordo com o relatório. As mulheres ocupavam 303, ou 17,8%, dos cargos executivos, sênior e de gerência.

“Em alguns casos, vamos fazer bem e mostraremos progresso ano após ano e, então, haverá momentos de estabilidade ou até mesmo de dar um passo atrás”, disse Reid. “E acho que isso faz parte da jornada.”

Durante anos, o Morgan Stanley e a maioria de seus rivais divulgaram percentuais em vez de números concretos. Protestos contra a justiça racial estimularam muitas das principais empresas dos EUA a compartilharem dados sobre funcionários mais detalhados.

O Morgan Stanley estava entre as 34 empresas do S&P 100 que prometeram divulgar publicamente essas informações.