Goldman corta projeção para petróleo no ano com venda de reserva
A histórica liberação de reservas estratégicas de petróleo pelo governo de Joe Biden pode ajudar a acalmar os mercados este ano, mas não será suficiente para resolver um déficit estrutural de longo prazo, de acordo com o Goldman Sachs.
O banco cortou sua previsão de preços para o petróleo Brent em US$ 10 para US$ 125 o barril no segundo semestre deste ano, enquanto aumentou sua estimativa para 2023 em US$ 5 para US$ 115 o barril. Ambas projeções ainda estão acima do preço desta sexta-feira (01), apesar do recuo com a notícia, que levou o Brent a reduzir o ganho deste ano para 35%.
“A incerteza fundamental permanecerá extremamente alta nas próximas semanas e meses, reiteramos nossa convicção de preços mais altos do petróleo”, escreveram analistas incluindo Damien Courvalin e Jeffrey Currie em nota de 31 de março. “Não vemos a decisão como uma solução para o déficit estrutural do petróleo, agora em construção”.
A liberação pode ter um efeito adverso a longo prazo, já que os preços mais baixos este ano apoiariam a demanda por petróleo e desacelerariam o aumento na produção de xisto, disse o banco. Por enquanto, isso levaria a um déficit em 2023, considerando a necessidade de eventualmente reabastecer as reservas, disseram.