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Goldman avalia possível base na Flórida para gestão de ativos

07 dez 2020, 7:40 - atualizado em 07 dez 2020, 7:40
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O Goldman ainda pode desistir de centralizar a gestão de ativos na Flórida, onde se juntaria a uma lista crescente de empresas que buscam vantagens fiscais e de estilo de vida (Imagem: Reuters/David Gray)

O Goldman Sachs avalia planos de uma nova base na Flórida para uma de suas principais divisões, em outro possível golpe para a posição de Nova York como o principal centro da indústria financeira dos Estados Unidos.

Executivos têm procurado escritórios no sul da Flórida e conversado com autoridades locais para avaliar incentivos fiscais enquanto consideram a criação de uma base para o braço de gestão de ativos, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

O êxito do Goldman em operar remotamente durante a pandemia convenceu líderes do banco de que podem transferir mais funções da área de Nova York para economizar custos.

O Goldman ainda pode desistir de centralizar a gestão de ativos na Flórida, onde se juntaria a uma lista crescente de empresas que buscam vantagens fiscais e de estilo de vida. Também pode optar por outro destino como Dallas, onde tem acelerado sua expansão, disseram as pessoas.

As deliberações do ícone de Wall Street, muitas vezes um criador de tendências para o setor, aumentam as incertezas sobre o futuro de Nova York.

Enquanto restaurantes e lojas lutam para sobreviver, a cidade tenta conter a fuga de empregos de colarinho branco para estados com regimes tributários mais flexíveis e custos de vida mais baixos.

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O êxito do Goldman em operar remotamente durante a pandemia convenceu líderes do banco de que podem transferir mais funções da área de Nova York para economizar custos (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Manhattan agora tem mais espaço de escritório disponível desde o período após os ataques de 11 de setembro. Desta vez, a tendência começou antes mesmo da pandemia: em 2018, a AllianceBernstein anunciou planos de transferir a sede para Nashville.

Dentro do Goldman, o apego sentimental à cidade onde ganhou destaque agora fica em segundo plano em relação à ambiciosa meta do banco, revelada no início deste ano, de cortar US$ 1,3 bilhão em custos, em parte transferindo funcionários para lugares mais baratos.

Não está claro quantas pessoas poderiam ir para a Flórida. Na última década, o Goldman expandiu gradativamente escritórios em cidades como Dallas e Salt Lake City com milhares de empregos, em um esforço para cortar despesas. O coronavírus consolidou a determinação do banco de acelerar essa mudança.

“Estamos executando a estratégia de localizar mais empregos em lugares de alto valor nos Estados Unidos, mas não temos planos específicos para anunciar no momento”, disse um porta-voz do Goldman Sachs em comunicado por e-mail.

A divisão de gestão de ativos recém-reconfigurada do banco gera cerca de US$ 8 bilhões em receita anual e é um pilar dos planos do Goldman para diversificar suas fontes de lucro.

A decisão de criar um centro para a empresa na Flórida incluiria não apenas a equipe de apoio, mas também alguns profissionais de investimento, disseram duas das pessoas. A mudança seria realizada com o tempo.

O Goldman analisou espaço para escritórios no corredor ao norte de Miami que cobre lugares como o condado de Palm Beach e Fort Lauderdale, disseram as pessoas.

O clima quente da Flórida e a ausência de um imposto de renda estadual atraem americanos ricos há anos. Mas até 2020, a região não havia conseguido atrair os pesos-pesados de Wall Street.

A maioria dos hedge funds que se mudaram para o estado eram relativamente pequenos. E, embora o Deutsche Bank tenha construído um campus em Jacksonville, muitos funcionários possuem funções administrativas e de apoio.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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