Goldman acelera planos para assumir controle de empresa na China
O Goldman Sachs está cada vez mais perto de se tornar o primeiro banco de Wall Street com 100% do controle de sua joint venture de valores mobiliários na China, acelerando a expansão à medida que o país asiático abre seu mercado financeiro de US$ 50 trilhões para empresas estrangeiras.
O banco de Nova York iniciou o processo de obtenção de autorização de reguladores para assumir o controle total do Goldman Sachs Gao Hua e assinou um acordo definitivo com seu parceiro para comprar 49% da fatia que ainda não possui, segundo memorando interno.
Um porta-voz do Goldman Sachs em Hong Kong confirmou o conteúdo.
A mudança encerrará a colaboração de 17 anos do Goldman Sachs com a Beijing Gao Hua Securities e dará ao banco liberdade para buscar uma estratégia de crescimento que inclui aumentar a força de trabalho na China para 600 pessoas e expandir a gestão de ativos e de patrimônio. Gigantes de Wall Street correm para ganhar terreno com a abertura do mercado chinês e capturar uma parte dos lucros, que devem aumentar para US$ 47 bilhões somente em bancos de investimento até 2026.
A propriedade total “de nossa franquia no continente representa um compromisso significativo e um investimento na China”, disseram o CEO do Goldman, David Solomon, o presidente do banco, John Waldron, e o diretor financeiro, Stephen Scherr, no memorando.
O anúncio interno ocorre em meio à crescente tensão entre China e EUA, com sanções impostas a uma série de autoridades chinesas e restrições aos investimentos. Congressistas dos EUA também começaram a questionar a expansão de grandes bancos na China, que conta com investimentos para ajudar a transformar sua economia voltada para as exportações.
Outras instituições também buscam controle total, incluindo o JPMorgan Chase, que no mês passado aumentou a participação em sua joint venture para 71%. O JPMorgan já obteve a aprovação para assumir a propriedade total de uma empresa de futuros no país.