Golar Power é desclassificada de concorrência da Petrobras por grau de risco alto
A Petrobras (PETR4) informou na noite de quinta-feira que foi atribuído Grau de Risco de Integridade (GRI) alto para a empresa Golar Power Comercializador de Gás Natural, implicando na desclassificação da companhia do certame para arrendamento de um Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia e instalações associadas.
A avaliação de risco, que está prevista no edital da licitação, atingiu a companhia que teria feito a maior oferta para o arrendamento do terminal, conforme noticiou a Reuters na véspera, com duas fontes com conhecimento da situação.
A reportagem também alertou que qualquer fornecedor com GRI alto não pode fazer negócios com a Petrobras.
Na segunda-feira, a Petrobras havia dito que iria realizar uma avaliação de risco de integridade da Golar Power.
A Golar Power não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.
Segundo a Petrobras, também mostraram interesse no processo licitatório a BP Energy do Brasil e a Compass Gás e Energia, do grupo Cosan (CSAN3).
No caso da BP, a Petrobras disse que a companhia registrou o pedido de postergação de abertura de propostas comerciais para eventualmente sanar pendências e consignar que pretende apresentar as suas respostas ao questionário de integridade para permitir à Petrobras a graduação de risco de integridade da empresa.
“Na oportunidade, a BP informou que a proposta comercial a ser apresentada seria indicativa e não vinculante, não tendo assinado a declaração de atendimento aos requisitos do edital, documento essencial do processo licitatório”, disse a Petrobras, acrescentando que, diante de tais fatos, não foi recebida proposta comercial.
Já a Compass Gás e Energia apresentou carta de declínio de apresentação da proposta comercial, segundo a Petrobras. “Além disso, informou que já enviou o formulário de integridade respondido para a Petrobras e corrobora com a importância do compliance e avaliação da graduação de risco de integridade da empresa.”
A Petrobras disse ainda que o processo licitatório entrou em sua fase recursal, e caso o certame seja encerrado sem que propostas válidas tenham sido obtidas pela empresa, um novo processo licitatório será realizado.
O terminal consiste em um píer tipo ilha com todas as facilidades necessárias para atracação e amarração de um navio FSRU (Floating Storage and Regasification Unit) diretamente ao píer e de um navio supridor a contrabordo do FSRU.
A vazão máxima de regaseificação do TR-BA é de 20 milhões m³/dia.
O FSRU não faz parte do processo de arrendamento do terminal.
O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão e 28 polegadas de diâmetro, interligando o ativo a dois pontos de entrega.