Gol (GOLL4): Recuperação judicial nos EUA é provável se não houver acordo, diz analista; ação desaba 12%
As ações da Gol despencam no pregão desta segunda-feira (15). Às 12h20, GOLL4 recuava 10,13%, R$ 6,83, liderando as quedas percentuais do Ibovespa (IBOV), que caía 0,26%, a 130.650 pontos. Mais cedo, a queda era superior a 12%.
A derrocada vem após a notícia divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo de que a companhia aérea está considerando pedir recuperação judicial nos Estados Unidos.
A Gol, segunda maior companhia aérea do Brasil em termos de passageiros transportados, tem enfrentado dívida elevada e, no mês passado, contratou a Seabury Capital para auxiliar em seu processo de ampla revisão da sua estrutura de capital.
Fontes da Folha disseram que a companhia tenta viabilizar um plano de reestruturação de dívidas fora da Justiça. Essa possibilidade, entretanto, parece inviável, uma vez que há conflito de interesses entre lessores e stakeholders.
Em evento a investidores no mês passado, a Gol confirmou que estava em negociações em grande parte com arrendadores para reestruturar a dívida, mas também esperava a contribuição de detentores de títulos e acionistas.
Na análise do Bradesco BBI e da Ágora, um acordo com os arrendadores da Gol será fundamental para fornecer alívio de caixa.
“Caso esse acordo não aconteça, esperamos que a empresa entre com pedido de recuperação”, avaliam. As casas têm recomendação neutra para GOLL4, com preço-alvo de R$ 10,00.
Em nota ao Money Times, a empresa afirmou que: “o foco da Gol está sempre na confiabilidade de suas operações e em proporcionar a melhor experiência de viagem aos seus clientes. Ao mesmo tempo, a Companhia continua seus esforços anunciados anteriormente para melhorar a lucratividade e fortalecer seu balanço. A Gol está em discussões com seus stakeholders financeiros sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações. Todas as ações visam posicionar a Gol para o sucesso de longo prazo, à medida que a companhia continua a cumprir sua missão de democratizar o transporte aéreo no Brasil”.