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Gol (GOLL4) protocolará plano de reestruturação no Chapter 11 e reforça expectativa de sair da recuperação em 2025

10 dez 2024, 9:06 - atualizado em 10 dez 2024, 9:06
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A Gol protocolará Plano de Reestruturação no âmbito do Procedimento de Chapter 11 (Imagem: Facebook/GOL Linhas Aéreas)

A Gol (GOLL4) informou ao mercado na segunda-feira (9), após o fechamento do mercado, que irá protocolar seu Plano de Reestruturação no âmbito do procedimento de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial no Brasil) perante Tribunal nos Estados Unidos.

O avanço no processo de reestruturação da companhia corresponde ao acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação (PSA) anunciado no início de novembro, celebrado entre a Gol, a Abra (controladora da companhia), e determinadas afiliadas, bem como comitê de credores quirografários da aérea — aqueles que não possuem uma garantia real ou preferencial.

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A Gol afirma que o protocolo do plano permite à companhia manter o cronograma para a conclusão do processo de reestruturação. A companhia projeta sua saída do processo até o final de abril de 2025.

“O protocolo do plano representa um marco importante rumo à conclusão bem-sucedida da reestruturação financeira e operacional da Gol, implementando um aporte significativo de novo capital para fortalecer as operações da companhia”, diz o comunicado.

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Destaques do Plano de Reestruturação da Gol

Entre os detalhes específicos do plano, conforme previamente divulgados, a Gol destaca a redução significativa do endividamento da aérea, convertendo em capital ou extinguindo até US$ 1,7 bilhão de sua dívida financiada pré-início do procedimento de Chapter 11 e até US$ 850 milhões de outras obrigações.

Além disso, a companhia aérea lembra que em suas demonstrações financeiras trimestrais relativas ao período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2024, reportou uma dívida líquida total de R$ 27,6 bilhões e um prejuízo líquido de R$ 830 milhões no trimestre.

“Assim, como a conversão será executada com base no valor econômico das ações da Gol antes da conversão, em conformidade com a legislação aplicável, espera-se uma diluição significativa das ações existentes da Gol (sujeito aos direitos de preferência dos acionistas previstos na legislação brasileira”, diz.

Como parte de um acordo com a Gol e o comitê de credores quirografários, a Abra concordou, em troca da satisfação dos créditos decorrentes da dívida no valor de US$ 2,8 bilhões, em receber aproximadamente US$ 950 milhões, e possivelmente mais, em novas ações dependendo da resolução de certas questões pendentes, bem como US$ 850 milhões em dívida reestruturada.

Dessa dívida reestruturada, US$ 250 milhões serão obrigatoriamente convertidos em novas ações, conforme estabelecido no Plano, a partir do 30º mês após a saída da GOL do Chapter 11, com base no atingimento de determinados parâmetros de avaliação.

A Gol pretende levantar até US$ 1,85 bilhão em novo capital para garantir liquidez incremental que
apoie a execução de sua estratégia de crescimento após a saída do processo, dos quais até US$ 330
milhões podem ser na forma de emissão de novas ações a serem subscrita por terceiros investidores.

Segundo a companha, os contratos reestruturados de arrendamento de aeronaves serão cumpridos, conforme os termos previamente renegociados e acordados.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.