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Gol (GOLL4) ou Azul (AZULL4): Qual empresa se beneficiaria mais de uma fusão?

09 jan 2025, 16:37 - atualizado em 09 jan 2025, 16:37
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Ações a Azul e da Gol reagiram positivamente à notícias de um Memorando de Entendimento para negociar possível fusão (Imagem: Facebook/ Gol)

Está no radar do mercado o andamento de um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) entre a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) para discutir as condições de uma possível combinação de negócios. Segundo noticiou o Valor Econômico, as companhias devem assinar o MoU nas próximas semanas.

A publicação diz que o processo de Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) da Gol está atrasando o andamento do acordo. Segundo o jornal, ambas as companhias aéreas estariam dispostas a construir uma nova empresa sem um grupo controlador definido.

As ações das duas aéreas sobem durante esta quinta-feira (9), embora a informação não tenha sido confirmada pelas empresas até o momento.

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Ygor Bastos, analista de aéreas da Genial Investimentos, calcula que, combinadas, Azul e Gol somariam uma receita de R$ 37,7 bilhões, enquanto a soma das participações no mercado doméstico seria de 61%

Nas contas da casa, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado seria pelo menos R$ 10,6 bilhões e a dívida líquida total de R$ 52,1 bilhões, resultando em uma alavancagem de 4,9 vezes.

Bastos pondera que a possível fusão pode gerar uma mudança significativa no mercado de aviação brasileiro, consolidando o setor aéreo e criando uma companhia aérea de maior escala.

Apesar disso, ele chama atenção os balanços frágeis, os desafios regulatórios e operacionais, que podem atrasar ou limitar a concretização do acordo.

“Dado o momento delicado do setor, o acordo pode ser potencialmente mais favorável para o vendedor, no caso a Abra/Gol do que para a Azul” conclui o analista.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.