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Gol (GOLL4): Investidor deve colocar números fracos do 1T22 de lado, sugere BTG; vale comprar a ação?

12 abr 2022, 15:54 - atualizado em 12 abr 2022, 15:54
Gol anuncia expansão de unidade de negócios especializada em manutenção
A Gol apresentou dados fracos do primeiro trimestre do ano, mas o BTG recomenda não dar muita atenção para eles (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

A Gol (GOLL4) entregou números fracos no relatório de atualização ao investidor, avalia o BTG Pactual (BPAC11).

Na opinião do banco, as margens da companhia aérea serão impactadas por custos de combustíveis maiores no primeiro trimestre, tendo em vista a alta nos preços do petróleo.

“A empresa espera reportar uma margem Ebitda fraca de 11% (em linha conosco) e margem Ebit de -5% (em
linha conosco), refletindo os preços mais altos do combustível – o combustível CASK deverá aumentar ~48% ano a ano”, afirmam os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Bruno Lima, em relatório divulgado nesta terça-feira (12).

Apesar disso, o BTG aconselha ignorar os dados negativos e focar no futuro da Gol. Segundo a instituição, os investidores já estão esperando um início de ano mais desafiador.

“Considerando a recuperação gradual do tráfego corporativo, menores pressões de petróleo e câmbio e flexibilização dos casos de Covid, seguimos com uma perspectiva otimista”, afirmam os analistas.

A instituição prevê uma recuperação do tráfego aéreo doméstico e internacional para níveis pré-pandemia no fim de 2022 e em 2023, respectivamente.

A recomendação de compra foi reiterada pelo BTG, considerando que o valuation da Gol parece mais atraente do que o de pares locais. O preço-alvo sugerido é de R$ 31.

A Ágora Investimentos tem recomendação neutra para o nome e preço-alvo de R$ 18 ao fim de 2022.

De acordo com a corretora, as companhias aéreas precisarão manter a disciplina de capacidade e aumentar ainda mais os preços das passagens, apesar do trimestre sazonalmente fraco.

“O pico nos preços globais do petróleo em março de 2022 devido à guerra Rússia-Ucrânia colocará pressão adicional sobre a lucratividade das companhias aéreas, porque há 45 dias na paridade internacional dos preços de combustível de aviação no Brasil”, lembram Victor Mizusaki e Wellington Lourenço, em relatório também publicado hoje.

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