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Gol (GOLL4) espera receber mais aviões da Boeing até fim do ano

06 nov 2023, 13:46 - atualizado em 06 nov 2023, 13:46
Gol
Entrega dos aviões é importante para a Gol porque o grupo pretendia utilizá-los para ganhar competitividade. (Imagem: Facebook/GOL Linhas Aéreas)

A Gol (GOLL4) está conversando com a Boeing “quase que todos os dias” para ter certeza que vai receber até o final deste ano pelo menos mais quatro aviões MAX de um pedido de 15 que está sendo atrasado por problemas na fabricante norte-americana.

A companhia aérea divulgou mais cedo resultado de terceiro trimestre atingido em parte por impactos resultantes do atraso na entrega total de 15 aeronaves para a empresa este ano, das quais apenas uma foi recebida, durante o trimestre passado.

“Quase todos os dias temos ‘calls’ com eles (Boeing) para termos certeza que vamos ter essa capacidade”, disse o presidente-executivo da Gol, Celso Ferrer, em teleconferência com analistas.

“O melhor cenário agora é recebermos (este ano) 5 das 15 aeronaves e as outras 10 o mais tardar no começo do próximo ano”, acrescentou o executivo. Ferrer comentou que até agora a Boeing não pode precisar quando os 10 aviões da encomenda serão entregues. “Até agora, não tivemos resposta.”

A entrega dos aviões é importante para a companhia porque o grupo pretendia utilizá-los para ganhar competitividade com o retorno de aeronaves menos eficientes a empresas de leasing. Como os aviões não chegaram, a empresa tem enfrentado custos adicionais que incluem pagamento de aluguel de aeronaves que estão em terra, fora da frota operacional. “Isso é o maior peso que temos no momento”, afirmou Ferrer.

A expectativa é que os custos sem incluir combustível medidos pelo conceito “cask” fiquem maiores pelos próximos 12 meses afirmou o executivo.

Enquanto isso, a companhia tem conversado com as empresas de leasing para encontrar formas de conseguir com que algumas aeronaves não operacionais voltem à frota enquanto o problema no atraso dos aviões da Boeing persiste.

O presidente da Gol afirmou que o cenário de preços de passagens aéreas no Brasil está “bastante estável” para os próximos trimestres e que na região da América do Sul, a indústria tem se mostrado “muito racional” nas ofertas.

“Todo mundo tem algum tipo de dificuldade atualmente para elevar capacidade”, afirmou.

A empresa divulgou mais cedo corte em suas projeções de resultado para o ano e prejuízo de 1,3 bilhão de reais, menor do que o prejuízo de 1,55 bilhão de reais registrado há um ano, mas voltando ao vermelho depois de lucro líquido inesperado no segundo trimestre.

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