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Gol (GOLL4) dá sinal positivo e ações saltam 16% nesta terça-feira (10); o que fazer?

10 dez 2024, 12:34 - atualizado em 10 dez 2024, 18:36
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Ações da Gol performam entre as maiores altas da Bolsa após comunicado ao mercado (Imagem: Divulgação/Gol)

As ações da Gol (GOLL4) abriram o pregão desta terça-feira (10) em disparada, após a companhia aérea informar ao mercado que irá protocolar plano de reestruturação no Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial no Brasil) perante Tribunal nos Estados Unidos.

GOLL4 terminou a sessão com alta de 12,00%, a R$ 1,40. Na máxima do dia, os papéis subiram 16,80%, a R$ 1,46. Acompanhe o Tempo Real. 



O avanço no processo de reestruturação da companhia corresponde ao acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação (PSA) anunciado no início de novembro, celebrado entre a Gol, a Abra (controladora da companhia), e determinadas afiliadas, bem como comitê de credores quirografários da aérea — aqueles que não possuem uma garantia real ou preferencial.

A Gol afirma que o protocolo do plano permite à companhia manter o cronograma para a conclusão do processo de reestruturação. A companhia projeta sua saída do processo até o final de abril de 2025.

“O protocolo do plano representa um marco importante rumo à conclusão bem-sucedida da reestruturação financeira e operacional da Gol, implementando um aporte significativo de novo capital para fortalecer as operações da companhia”, diz o comunicado.

Na avaliação de analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI, a notícia é positiva para a Gol, uma vez que o plano de reestruturação tem capacidade de melhorar a liquidez e reduzir a alavacagem financeira, permitindo que a empresa saia do Chapter 11 em abril do próximo ano.

A recomendação das casas para a Gol é de venda, com preço-alvo de R$ 0,90.

Para Enrico Cozzolino, sócio e chefe de análise da Levante Investimentosnão se trata de uma recuperação perpétua e constante. Dessa maneira, não avalia o comunicado como uma boa notícia, mas sim como uma solução inevitável e necessária para a companhia dar continuidade às suas operações.

Ele recorda que outras companhias, como a Azul e a Latam, precisaram adotar estratégias — seja Chapter 11, fusões, vendas, entre outras — para se reestruturar e lidar com um setor que aponta como fundamental, mas com margens baixas.

Cozzolino ressalta que não é uma notícia extremamente positiva e nem aponta para um pensamento de que a ação está subindo porque está vendendo mais, melhorou a margem ou reduziu o custo. “É uma situação necessária e cabe cautela, não é que a solução está dada, não é rápida”, destaca.

O analista conclui que a notícia não muda o lado macro e o cenário em que a companhia está inserida — que gera sensibilidade a variações cambiais do petróleo –, mas sim fornece uma melhora do lado micro, em meio à situação de recuperação da empresa.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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