Gol (GOLL4) busca acordo com Receita e Procuradoria da Fazenda sobre dívidas triburárias; veja
A Gol (GOLL4), que enfrenta processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (EUA), está buscando firmar acordo com a Receita Federal e com a Procuradoria-Geral da Fazenda no Brasil sobre dívidas tributárias.
Para isso, segundo o comunicado desta sexta-feira (29), a aérea entrou com pedido ao Bankruptcy Court for the Southern District of New York — Justiça dos EUA — para o acordo, que busca equacionar débitos fiscais da Gol e suas subsidiárias, abrangendo tributos previdencários, não previdenciária, entre outras obrigações tributárias.
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“A celebração deste acordo reflete o compromisso da companhia em manter a regularidade fiscal e em buscar soluções estruturadas para superar desafios econômicos e financeiros, alinhando-se aos melhores interesses de seus stakeholders”, diz a Gol.
Segundo a companhia, o acordo não impacta a dívida líquida financeira e é contemplado pelo acordo de apoio ao plano que prevê a conversão de parcela da dívida e outras obrigações da Gol em capital.
“Conforme previamente divulgado, espera-se que tal conversão, estruturada para refletir o valor econômico das ações da Gol, nos termos da legislação aplicável, resulte em uma diluição significativa das ações atualmente existentes”.
Gol faturou faturamento de R$ 1,65 bilhão em outubro
Na quinta-feira (28), a aérea divulgou ao mercado seu relatório operacional mensal referente ao mês de outubro, que mostra receita líquida de R$ 1,65 bilhão em outubro e caixa total de R$ 1,8 bilhão.
A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 338 milhões no período e não apresentou dados comparativos com o mesmo mês do ano anterior.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 410 milhões, com margem Ebitda de 25%, conforme o fato relevante.
“O mercado deve observar que as informações financeiras incluídas nos relatórios operacionais mensais são apresentadas de acordo com a metodologia estabelecida pelo Chapter 11 dos Estados Unidos e outros regulamentos aplicáveis e, por isso, não devem ser comparadas com as demonstrações financeiras públicas divulgadas anteriormente pela Gol”, destaca a companhia.
Os números foram encaminhados ao tribunal de falências dos Estados Unidos, procedimento exigido durante o processo de recuperação judicial.