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Gol (GOLL4): BB Investimentos reduz preço-alvo em 74%, mas mantém ‘compra’

29 jun 2022, 14:09 - atualizado em 29 jun 2022, 14:09
Gol (GOLL4)
Analistas do BB Investimentos afirmam que ações da Gol seguem pressionadas (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O BB Investimentos reduziu em 73,7% o preço-alvo da ação Gol (GOLL4) ao final de 2023, de R$ 33 para R$ 19. Apesar da redução, o banco de investimentos mantém sua recomendação de compra para os papéis.

Na nova avaliação das ações da Gol, foram incorporados ao valuation os resultados de 2021 e do primeiro trimestre de 2022, e ainda as premissas macroeconômicas, como crescimento do PIB, inflação, juros e preço dos combustíveis de aviação.

Os analistas do BB Investimentos afirmam que a redução de liquidez nos mercados internacionais deverá encerrar um ciclo longo de “dinheiro barato” na economia com juros reais negativos e incentivos fiscais e monetários dos governos nos últimos anos.

No setor aéreo, a recuperação na demanda deve ser mais lenta do que estimava-se anteriormente. “A capacidade de consumo da população poderá ser direcionada em maior parte para orçamento familiar arrefecendo a demanda no segmento de lazer enquanto a retomada dos voos corporativos demonstra menor elasticidade em relação ao aumento no preço das tarifas”, explicam.

Os especialistas ainda dizem que novas fontes de receitas estarão no foco da companhias aéreas, como transporte de cargas e programas de fidelidade. Por outro lado, a concorrência entre as três principais empresas do setor poderá pressionar ainda mais as margens operacionais nos próximos trimestres.

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O que esperar das ações da Gol?

Os analistas do banco de investimentos afirmam que as ações da Gol seguem pressionadas pelas altas nas cotações internacionais do petróleo.

Além disso, a desvalorização da moeda nacional frente ao dólar impacta diretamente na precificação de tarifas de passagens aéreas, limitando a velocidade de recuperação na demanda por viagens nacionais e internacionais.

“Os investidores ainda seguem com maior cautela a tese de crescimento para o setor de mobilidade urbana, turismos e negócios no período de reabertura pós pandemia em função da necessidade de elevação nas taxas de juros e redução gradual de liquidez com potencial redutor de atividade econômica nos próximos trimestres”, afirmam.

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