Gol e Smiles, enfim, convocam assembleias sobre reestruturação contestada por minoritários
A Gol (GOLL4) e a Smiles (SMLS3) deram mais um passo, nesta sexta-feira (12), no processo de reestruturação do grupo, que culminará com a incorporação da Smiles pela Gol e o consequente fechamento de capital da operadora de programas de fidelidade. Ambas marcaram, para 15 de março, suas assembleias de acionistas para votar a matéria.
A própria convocação pode ser considerada uma vitória das empresas, que enfrentam forte resistência de minoritários descontentes com os termos propostos. Quando o plano foi divulgado, em 7 de dezembro, a ideia era convocar as assembleias até 18 de janeiro, para que fossem realizadas no início de fevereiro.
Um grupo de minoritários, no entanto, exigiu a realização de uma assembleia para aprovar a abertura de uma ação judicial por responsabilidade contra a cúpula da Smiles e a instalação de um comitê independente para avaliar a proposta de incorporação da companhia pela Gol.
Negócio polêmico
Os alvos da ação por responsabilidade seriam membros da família Constantino, que controla a Gol e a Smiles, executivos das companhias e consultores. Os minoritários alegam que o acordo de compra antecipada, pela Smiles, de créditos da Gol lesou a operadora de programas de fidelidade. O negócio foi fechado por R$ 1,2 bilhão.
No fim de dezembro, uma reunião do conselho de administração da Smiles considerou como “completamente infundada” a proposta de processar os controladores, executivos e assessores da empresa. Na ocasião, os conselheiros determinaram que a diretoria executiva se preparasse para convocar e realizar a assembleia até 17 de março. Até agora, pelo menos, a determinação foi cumprida.
Veja o comunicado da Gol.