Gol e Avianca são aéreas latino-americanas mais vulneráveis a cortes de rating, diz Fitch
As companhias aéreas latino-americanas têm seus ratings pressionados pela alta do dólar e por questões de fluxo de caixa e liquidez no curto prazo, afirmou a Fitch em relatório divulgado na quinta-feira.
“As atuais posições de liquidez e alavancagem são importantes fatores que sustentam os ratings, e podem ajudar a atravessar esse momento”, afirmou a Fitch. “No entanto, o escopo dos efeitos do vírus não é claro e pode levar a ações negativas de classificação”, afirmou a Fitch.
A agência afirmou estar monitorando a estratégia específica de cada emissor para mitigar os riscos e implicações na flexibilidade financeira e no acesso a linhas de crédito.
De acordo com a Fitch, em termos de alavancagem, o espaço nos ratings é limitado para Latam Airlines e Azul (AZUL4), ambas com nota BB- e perspectiva estável.
Já Gol, com nota B+ e perspectiva estável, e Avianca Holdings, com rating CCC+, apresentam maior espaço, considerando suas respectivas categorias, segundo a agência, que não deu mais detalhes.
A Fitch, porém, inclui no relatório uma tabela na qual avalia que a suscetibilidade de mudança de ratings é alta para todas as quatro companhias avaliadas.