Gol compra MAP, quinta maior aérea do Brasil, por R$ 28 milhões e aumenta presença em Congonhas
A Gol (GOLL4) comprou, por R$ 28 milhões, a MAP Linhas Aéreas, considerada a quinta maior companhia aérea do Brasil, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (8).
Segundo o fato relevante, o pagamento será feito em 100 mil ações a R$ 28 por papel e R$ 25 milhões em dinheiro a serem pagos em 24 parcelas mensais.
A Gol também assumirá até R$ 100 milhões de compromissos financeiros da MAP.
Fundada em 2011, a aérea possui uma frota de sete aeronaves ATR com 70 assentos que operam em rotas da região amazônica a partir de Aeroporto de Manaus e nas regiões Sul e Sudeste a partir de Congonhas, o maior aeroporto doméstico do país.
De acordo com a empresa, a compra reforçará o posicionamento de liderança da Gol em duas das suas principais bases, com crescimento em Congonhas de aproximadamente 10%, por meio da adição de 26 voos diários.
“Assim, a companhia poderá atender novos destinos, conectando a maior cidade da América do Sul com mercados domésticos historicamente sub-ofertados, à medida em que as restrições resultantes da pandemia são reduzidas ou eliminadas”, afirmou.
Outra vantagem, diz a Gol, é aumentar a oferta para mercados pouco explorados.
“A empresa está investindo ainda mais no mercado de transporte aéreo regional com destaque para a região Amazônica, apoiando o desenvolvimento econômico local e fortalecendo as nossas operações no Aeroporto de Congonhas”, afirmou o CEO Paulo Kakinoff.
A empresa pretende colocar aeronaves maiores e mais eficientes nas rotas da MAP, dando continuidade à estratégia regional da Gol, que hoje opera com 23 Boeing 737-700 – um modelo que pode ser substituído por outro tipo de aeronave ainda mais eficiente no futuro, informa.
“Por meio da operação de aeronaves maiores e mais modernas nessas rotas, a companhia aumentará a oferta de voos e assentos em um dos principais mercados do país,” disse Celso Ferrer, Diretor Vice-Presidente de Operações.
Para Kakinoff, a compra da MAP é um passo importante na estratégia de expansão de malha e capacidade.
“Ao logo do último ano enfatizamos, consistentemente, que a GOL estava bem-posicionada para o crescimento no ciclo pós-pandêmico, decorrente da prudente gestão financeira e do nosso eficiente modelo operacional, que nos diferenciam no mercado”, disse.
A operação está condicionada à aprovação do Cade (Conselho de Administração e Defesa Econômica) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).