Gol acredita que tem melhores condições de recuperação do que as rivais
A Gol (GOLL4) atualizou o mercado nesta quarta-feira (13) sobre a situação de caixa, liquidez e consumo de suas operações durante o mês de abril.
A companhia está mais conservadora em suas previsões de consumo de caixa, dado o período mais longo de recuperação da demanda, especialmente para viagens internacionais.
Nos níveis atuais, a empresa aérea disse que “está em uma posição robusta, com mais de 10 meses de reserva de caixa para se proteger e se fortalecer nesta crise”. Isso inclui o pagamento integral de todas as despesas financeiras e dívidas.
“Com base nos atuais níveis de liquidez da Gol, assim como no seu modelo flexível de gestão da frota, que permite oferecer a menor estrutura de custos entre seus pares, e na sua malha consolidada no Brasil, a empresa acredita ter uma forte vantagem em uma recuperação em relação à concorrência”, comentou a companhia.
Capacidade
Desde 29 de março, aproximadamente 92% da frota da Gol se encontra paralisada. Os voos de abril foram operados do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal, o que representa cerca de 7% de viagens realizadas no mesmo mês de 2019.
Ao fim de maio, a empresa espera que o patamar esteja em 12% do realizado no ano passado, com a reabertura das bases nos aeroportos de Foz de Iguaçu, Navegantes e Maringá e o retorno limitado de voos do aeroporto de Congonhas (SP) para os aeroportos de Santos Dumont e Galeão, localizados no Rio de Janeiro.
Por conta da fraca demanda, a Gol está avaliando uma redução de frota de 23 aeronaves B737-700. Já foram cortados os recebimentos do Boeing 737 Max para o triênio 2020-22.
“Em março, a Gol chegou a um acordo de compensação pela paralisação dos Boeing 737 Max e de reestruturação da carteira de pedidos, pelo qual recebeu R$ 0,5 bilhão em dinheiro em abril e retém um valor presente total de R$ 1,9 bilhão a receber nos próximos anos”, relembrou a empresa.
A companhia não possui pagamentos planejados de novas aeronaves nos próximos 24 meses. Ela também reduziu o capex total de R$ 300 milhões para R$ 200 milhões.