Globo ganha milhões a mais que concorrentes em verbas de publicidade do governo
A Globo voltou a liderar as verbas recebidas do governo para publicidade em 2023, sob gestão do presidente Lula, informou a Folha de S. Paulo. Com isso, a emissora desbancou a Record.
Segundo o jornal, com dados obtidos através do portal de planejamento de mídia, veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e de ministérios, apenas neste ano. Já a Record recebeu de R$ 13 milhões, enquanto R$ 12 milhões foram destinados ao SBT.
Os valores referem-sem às ações de publicidade já realizadas pela Secom e outros órgãos do governo federal. No entanto, vale destacar que o site não apresenta pagamentos feitos em propagandas de bancos públicos e das estatais, como a Petrobras.
O periódico destaca ainda que, de acordo com dados divulgados pela Secom, durante a gestão de Jair Bolsonaro os valores recebidos pela Globo eram semelhantes ao dos principais concorrentes, sendo pequena a vantagem para a Record.
- Agora vai? IPCA-15 mostra deflação e pode ser o gatilho que faltava para o Ibovespa decolar aos 125 mil pontos: Saiba onde investir para aproveitar o cenário no Giro do Mercado de hoje (25), é só clicar aqui para assistir! Não esqueça de se inscrever no nosso canal e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta, às 12h.
Diferença entre Globo e concorrentes
Entre 2019 e 2022, a Record recebeu cerca de R$ 200 milhões por campanhas publicitárias realizadas sob Bolsonaro, pela Secom e ministérios, enquanto, no mesmo período, as emissoras da Globo ganharam R$ 189 milhões e o SBT recebeu R$ 169,35 milhões. Os valores são sem ajuste pela inflação.
Questionada pela Folha sobre a divisão dos recursos de publicidade, a Secretaria informou que “os grupos mencionados” possuem diferentes números de veículos, além de destacar que o portal está em constante atualização.
A Secom não esclareceu ao jornal o critério que utiliza para direcionar os recursos de TV, no entanto, afirmou que “não são arrazoados os comparativos feitos pela Folha” e que usa “normativos e estudos técnicos apresentados pelas agências” como critérios., como audiência, segmento, cobertura, entre outros.