Globo amarga prejuízo milionário, mesmo com cortes no Carnaval e futebol, diz coluna
A Globo divulgou internamente seus resultados referentes a 2022, segundo noticiou a coluna de Guilherme Ravache, no Uol. Conforme divulgado, a empresa registrou prejuízo de R$ 41 milhões, ante prejuízo de R$ 121 milhões em 2021.
Os custos de amortização dos direitos da Copa do Mundo consumiram os resultados acumulados dos três trimestres anteriores, afirmou Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, em comunicado interno enviado para os funcionários com os números que a coluna teve acesso.
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As mídias digitais da Globo tiveram bons resultados, como no caso do Globoplay e Globoplay+Canais. Segundo Marinho, foi importante para amortecer a curva declinante de assinantes na TV paga. A publicidade digital da Globo teria crescido 30% e a do Globoplay 20%, segundo a coluna.
Na ponta negativa, o que mais pesou foram os altos custos, que se elevaram em R$ 660 milhões.
Globo tem recorde de publicidade
Apesar do prejuízo que a Copa do Mundo gerou para a Globo, houve um retorno positivo em publicidade, que bateu recorde em 2022.
Segundo os números divulgados pela coluna, houve um aumento de R$ 684 milhões na receita de publicidade, chegando a 9,1 bilhões, ou 60% da receita do grupo.
Ainda, em 2022, a receita líquida da Globo teria aumentado 5%, a R$ 739 milhões, em relação a 2021, somando R$ 15,1 bilhões, quando o faturamento havia sido de 14,4 bilhões.
Em 2022, foram gerados R$ 96 milhões em outras receitas, chegando a R$ 625 milhões, crescimento de 18%, chegando a 4% do faturamento total.
Já a receita de conteúdo caiu R$ 41 milhões devido ao declínio em assinaturas de TV a cabo, além da venda da Som Livre para a Sony, cuja receita contribuiu por apenas três meses em 2022. O faturamento com conteúdo recuou 1% no período e ficou em 5,4 bilhões.
Custos sobem em meio aos cortes
Em 2023, a Globo abriu mão do Carnaval, ainda negocia direitos sobre a transmissão da Seleção Brasileira e notícias sobre demissões de funcionários de longa data tem surgido na mídia.
Neste sentido, Cleber Machado foi uma das figuras que gerou repercussão e, ao Uol, o narrador apontou que a razão da demissão foi apenas financeira.
As medidas da companhia não impediram os custos em subir para a cifra de R$ 660 milhões, impulsionado inclusive pelos custos gerados pelos cortes.
De acordo com a coluna, Marinho teria apontado que mais mudanças devem vir para empresa, incluindo a continuidade de revisitação dos custos.