Política

Gleisi Hoffmann ataca Campos Neto após primeiro corte da Selic em três anos

02 ago 2023, 21:32 - atualizado em 02 ago 2023, 21:32
Gleisi Hoffmann, Copom
Gleisi Hoffmann disse que corte nos juros nesta quarta-feira (2) “não muda o fato de que o BC segue impondo ao Brasil a maior taxa de juros do planeta” (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Gleisi Hoffmann reagiu à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (2). Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou o corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros brasileira, a Selic, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aproveitou o evento para criticar a postura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em publicação no Twitter, Hoffmann destacou que a redução dos juros, “substancialmente”, deveria ter acontecido “há muito tempo”.

Hoffmann afirmou que o corte desta quarta “não muda o fato de que o BC segue impondo ao Brasil a maior taxa de juros do planeta”.

A presidente do PT aproveitou a postagem para criticar novamente a atuação de Campos Neto no BC. “Manteve os juros na estratosfera, apesar de todas as evidências de que envenenam a economia.”

“O BC de [Jair] Bolsonaro, [Paulo] Guedes e Campos Neto, derrotado por Lula nas urnas, está sabotando o desenvolvimento do país. Têm de ser responsabilizados”, completou.

Ao se pronunciar após a decisão do Copom, Haddad disse que a redução da Selic sinaliza que o governo está na direção certa. A postura do Copom também é um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos, de acordo com o ministro.

Haddad afirmou que enviou uma mensagem a Campos Neto para conversar.

“Temos um caminho longo de parceira pela frente e vamos continuar correndo para aproximar os projetos de desenvolvimento para o Brasil”, colocou o ministro da Fazenda.

Autoridades monetárias votaram pela redução em 0,50 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Com isso, os juros passaram para o patamar de 13,25% ao ano, marcando o primeiro corte em três anos.

Em comunicado, o BC disse que a melhora da inflação, aliada à queda das expectativas para o quadro inflacionário doméstico a prazos mais longos, permitiram que o comitê acumulasse “a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”.

*Com informações da Reuters.