Giro das commodities: semana pouco valerá seja qual lado que as bolsas andarem
Hoje não tem negócios nas bolsas de futuros de Chicago e Nova York e na terça os pregões abrem mais tarde, às 11h30 de Brasília, logo a semana será mais curta ainda – considerando que sexta, 30, os traders saem de campo – e tradicionalmente de baixa liquidez.
Há uma boa chance de os fundos promoverem algumas liquidações de posições, apesar do baixo nível de negociação, a fim de incorporar ganhos em seus balanços anuais.
Na sexta, houve suporte positivo do financeiro, com as bolsas americanas em alta e o dólar index em retração.
Se as condições climáticas continuarem ruins para principais commodities agrícolas, a realização de lucro tradicional não deve acontecer.
Mas não é semana para valer muita coisa, para qualquer lado que os mercados futuros andarem.
Soja e milho ainda estão com a situação argentina no radar, onde ainda não se espera chuvas em quantidade e regularidade em toda região produtora nos próximos três dias.
É o que vem oferecendo suporte de alta, que na antevéspera do Natal deixou a oleaginosa 0,93% mais alta, a US$ 14,85, no contrato de março, que passou a ser o principal.
O milho estacionou a US$ 6,66, acima de 0,80%, também para entrega em março.
E o trigo, do mesmo mês de vencimento, experimentou a forte alta na sexta, de 1,61%, a US$ 7,74 o bushel, também sob monitor da saída do cereal da Ucrânia.
Em Nova York, o café arábica e o algodão foram os derivativos mais comprados na última sessão, respectivamente 1,60% (171,60 c/lp) e 1,03% (85,17 c/lp), por certo alívio nas especulações quanto à demanda global.
Na mesma bolsa, o açúcar do próximo vencimento do mês três avançou em 0,43%, a 20,98 c/lp, trazendo também atenção à oferta mundial com dados ruins do açúcar europeu.