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Giro das commodities para 2ª (7): se não tiver novidades, segue o jogo desta semana

04 fev 2022, 17:10 - atualizado em 04 fev 2022, 19:30
Milho Commodities Agonegócio
Milho é um dos derivativos que pode manter seu viés de alta com o consumo de etanol nos EUA (Imagem: Reuters/Mark Blinch)

Pelo menos na abertura dos trabalhos da segunda (7) nas bolsas de commodities dos Estados Unidos as cotações devem apresentar panorama igual às condições do fechamento desta sexta (4), até que novidades possam surgir no andar do dia, sejam de seus fundamentos ou dos mercados financeiros.

Desconta-se, naturalmente, algum cenário imprevisível no final de semana para a crise da Rússia com o Ocidente, apoiando a Ucrânia contra o risco de uma invasão, com a adição da China em apoio a Vladmir Putin, que pode fazer os ativos de risco já acusarem de cara no primeiro dia útil da semana.

Soja

O grão conseguiu um pouco mais de força, em torno de 0,70%, a US$ 15,53 (março) e tem agora o empurrão da demanda chinesa sobre a soja americana, surpreendendo porque neste período do feriadão do Ano Novo chinês não costuma haver negócios.

O foco na menor oferta brasileira, já com quebra estimada em 20 milhões de toneladas, mais os problemas na América do Sul, seguirá no radar.

Por isso, inclusive, os preços porto no Brasil está acima de R$ 200.

Milho

O cereal fica atento à evolução do plantio na Argentina, que melhorou com as chuvas, mas foi prejudicado em partes pela seca, além da oferta brasileira também reduzida na 1ª safra, no Paraná e Rio Grande do Sul.

A colheita avança.

Também há projeções de maior consumo de etanol nos Estados Unidos, o que enxuga o milho das exportações, que, por sinal, teve algum cancelamento de embarques nesta semana.

E o petróleo é outro aditivo, mantendo o ritmo de alta que ultrapassou os US$ 93.

Para entrega em março, a commodity vai para a segunda valendo acima de US$ 6,20, sob alta superior a 0,75%.

Açúcar

Nesta transição da entressafra brasileira, o adoçante fica muito preso ao cenário do petróleo. E as duas disparadas seguidas do óleo em Londres, como o WTI nos Estados Unidos, levam para a semana que vem uma alta de 1,17%.

Ainda o março como o driver para o açúcar, o valor de 18,21 centavos de dólar por libra-peso terá que ser sustentado por maior avanço do petróleo. Sem deixar de considerar uma tentativa de realização de lucros.

Caso contrário, deverá sentir a pressão da safra brasileira 22/23, com cada vez maior esperança de uma recuperação parcial até melhor do que vinha sendo apurada, pelas chuvas regulares no Centro-Sul.

A boa safra indiana e a certeza de que o país vai entregar 6 milhões de toneladas no mercado atual também são outros pontos de pressão.

Café arábica

Após o teto de mais 3% na quinta, como era esperado, o café cedeu mais de 1% hoje (242 c/lp) por ajuste técnico.

Não se descarta a possibilidade de o mercado começar a segunda fazendo dinheiro, saindo das posições, porém o grão da bebida mais popular no mundo tem os benefícios, em preços, de uma safra ainda baixa, embora em recuperação no Brasil.

E um desbalanço acentuado em relação à demanda crescente global.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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