Giro das commodities: mercados mais comprados favorecem fundamentos na tabela positiva
O dólar no exterior (DXY) cai pelo terceiro dia, os índices de futuros de ações avançam, e passam por cima da aversão ao risco que a sexta (9), mesmo com o Federal Reserve não se mostrar satisfeito com o combate à inflação, acenando na quinta com outra dose de juros altos.
As commodities estão em linha de alta, todas, estimulando as que já mostravam variáveis positivas, como o milho e o café.
Com a soja, pelo menos, os fundos procuram montar posições para fazê-la voltar aos US$ 14, apesar de pressões – ou a espera de que algum fundamento as interrompa.
O USDA divulga ainda hoje as vendas semanais de grãos e a demanda externa se se confirmar, especialmente com China, beneficia o movimento altista.
As leves altas da véspera se repetem e o vencimento mais líquido, o novembro, ganha 0,95%, cotado a US$ 13,97, às 9h10 (Brasília).
O fator de risco não foi abandonado, contudo, com o volume da safra dos Estados Unidos superando as expectativas que a seca havia demonstrado na maior parte do ciclo de desenvolvimento das lavouras.
O milho se recupera depois da baixa anterior, ocasionada pela fuga de recursos retratada pelos mercados financeiros, e também se aproveita para fixação de novos tetos uma vez que a commodity deverá ser a mais prejudicada nos EUA.
Avança 0.70%, a US$ 6,71 bushel, para entrega em dezembro.
Também em Chicago, o trigo sobe 0,97%, a US$ 8,37 neste momento, condicionado ainda ao perigo de que o escoamento da Ucrânia seja paralisado por endurecimento de Moscou.
Das commodities listadas em Nova York, o café é o mais acentuadamente positivo. Com os mercados mais comprados, a safra brasileira penosa novamente oferece bom suporte de mais 1,30%, a 225 centavos de dólar por libra-peso.
O açúcar e o algodão procuram pelos menos o 1% de ganhos, pouco acima de 18 c/lp. O adoçante igualmente busca forças no petróleo subindo.