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Giro das commodities: dinheiro rega Chicago e NY sem perder de vista os riscos

26 jan 2023, 8:25 - atualizado em 26 jan 2023, 8:25

 

Soja aproveita o momento e retorna aos US$ 15 o bushel (Imagem: REUTERS/ Jose Roberto Gomes)

A quinta-feira (26) anda em compasso otimista para todas as commodities agrícolas nos mercados futuros de Chicago e Nova York.

O dinheiro está regando como nas sessões de ontem, para a maioria, por confluência de informações positivas, embora não se consiga prever se todas seguirão na tabela positiva porque ainda há muita volatilidade presente e o dia ainda pode trazer novidades.

Por hora, dólar internacional (index) está estável, futuros de ações sobem nos EUA, como o petróleo também.

Quanto aos grãos ‘duros’, novas informações semanais do USDA são aguardadas e há um movimento de defesa.

Os destaques até o momento são a soja, que voltou para a casa do US$ 15 o bushel, o açúcar que mantém a frente em alta mais elevada e o café que encarna o que pode ser o quarto pregão de valorização.

A oleaginosa voltou a sentir a insuficiência das chuvas na Argentina, apoiada em dados de vendas relatadas pelo USDA, mesmo sem a China presente. Às     (Brasília), o vencimento março está em mais 0,50%, a US$ 15,10.

Mas tem safra boa brasileira que pode voltar a pressionar, mesmo descontando o Rio Grande do Sul.

O trigo e o milho também avançam, apoiados nos mesmos fatores da soja, embora o primeiro tenha alguma pressão das boas condições nos Estados Unidos. Também relatos de venda americana de milho deram algum ganho.

Respectivamente, no março, sobem 0,41%, US$ 7,43, e 0,43%, US$ 6,76.

Após o 1% de ganho, o açúcar vai embalado pela escalada do petróleo e pelas informações de reajuste da gasolina no Brasil, que daria maior competitividade ao etanol. Nos dois casos, o mercado vê o biocombustível subtraindo maior produção de açúcar.

Nesse instante, o contrato mais próximo vai a 20,44 centavos de dólar por libra-peso, avançando 1,64%.

O café de março mostra força de mais 0,31%, a 162,95 c/lp, na ausência dos vendedores brasileiros. Comercialização lenta contra dados mais otimistas da economia mundial, e ainda dúvidas quanto ao potencial real da safra brasileira, apesar da visão mais positiva da oferta depois de chuvas boas.

E até o algodão tem uma boa valorização em Nova York, costurado às notícias animadoras de que a China segue disposta a manter a flexibilização do combate à covid sem prejudicar mais o nível de produção. A fibra está em 87,40 c/lp, a mais 0,85%.