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Giro das commodities: correções técnicas dominam na ausência de maiores novidades

23 nov 2022, 8:21 - atualizado em 23 nov 2022, 9:06
Soja Agricultura
Plantio no Brasil segue me foco, mas sem pontos críticos alarmistas

As commodities agrícolas mais ativas se mantêm em sequência de indefinições em Chicago. As demais, em base nas negociações em Nova York, procuram algum apoio em fundamentos.

Em meio a um dia em que os mercados esperam a ata do Federal Reserve (Fed) que deve amparar as expectativas para os juros na próxima reunião de dezembro, por hora deixando os ativos sob cautela, além de semana mais curta pelo feriado de amanhã nos Estados Unidos.

O dólar cotado internacionalmente está em leve queda, como em leve alta estão os índices futuros de ações nos Estados Unidos, e o petróleo voltando aos US$ 87, após elevação de 1% na véspera.

A soja e o milho testam tímidas valorizações, por correções ante as cotações da terça.

Respectivamente, para janeiro a mais 0,09%, US$ 14,31, e dezembro, subindo 0,21%, US$ 6.58, às 8h20 (Brasília).

Embora no radar da oleaginosa estejam um ar de atenção a alguns bolsões de tempo seco no plantio do Centro-Oeste, e leve atraso sobre a safra anterior, não há nada que altere a expectativa de uma boa temporada 22/23.

Como também na soja, o milho dos EUA está quase todo colhido, mas a demanda também é um ponto fraco, seguindo o exemplo do grão.

Os operadores igualmente monitoram o plantio de ambos na Argentina, onde a seca é bem acentuada.

Quanto ao trigo, o contrato de dezembro perde 0,87%, a US$ 7,85 (dezembro), devolvendo a alta anterior, de base especulativa, para as condições atuais de pressão por exportações da Ucrânia mantidas, da Rússia em negociação, e apoio precário do consumo global.

O café está alinhado à valorização de ontem depois de dados negativos da oferta colombiana apresentada pelo USDA. Busca mais 1,15%, a 166,58 centavos de dólar por libra-peso.

Mas não perde o fator de pressão da safra brasileira e estoques certificados em Nova York aumentando, que o jogou para mínimas de 1,6 ano, embora o Departamento de Agricultura dos EUA também aposte numa safra menor por aqui.

Em relação ao açúcar, mesmo com o petróleo caindo nesta passagem do dia – apesar da Opep ter reproduzido intenções de manter os cortes de produção -, a tela de março vai deixando para trás o suporte dos 20 c/lp. Recua 0,96%, a 19,56 c/lp.

A safra próxima do Centro-Sul do Brasil deverá ser bem melhor, como a atual da Índia, e as incertezas sobre as questões do etanol brasileiro, quanto a volta dos impostos ou não, deixam dúvidas.

 

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