Giro das commodities: como não é hora para manter apostas, vendas técnicas mesmo com dólar caindo
Como não é ainda hora de os fundos permanecerem muito tempo comprados nos mercados futuros de commodities agrícolas, a segunda (7) começou com vendas técnicas.
Na passagem das 7h25 (Brasília), as telas mais ativas de Chicago e Nova York mostram desvalorizações, de 0,15% a 1,47%.
Mesmo com o dólar DXY, o cotado internacionalmente, em queda e os índices de ações futuros nos Estados Unidos em alta, indicando um grau de menor aversão ao risco, os negociantes preferem a cautela.
A sexta fechou com todos os derivativos agro em alta, com o enfraquecimento da divisa americana, ajudados ainda pelo petróleo.
Destaque para o algodão, que explodiu, e, também, da soja, que atingiu máximas de algumas semanas.
Mas, fundamentos de pressão não são descartados, casos também do café e açúcar.
A fibra alcançou máximas com certo alívio sobre as economias, mas ainda paira o peso de um consumo não delineado. Recua mais neste momento em Nova York.
A soja, por sua vez, tem uma safra boa a caminho no Brasil, enquanto a dos EUA, em fase final de conclusão, também não é ruim. O término da colheita tende a dar um suporte em Chicago, com a expectativa de que a China também traga mais compras.
Cede relativamente pouco.
Café carrega a pressão da safra brasileira 23/24, vista como bem melhor, mas andou se ressentindo de os últimos dias mais seco no Brasil. A Colômbia terá quebra de safra, mas como o algodão não abandona os riscos de um consumo podendo ficar mais enfraquecido se a recessão mundial se configurar.
O café conilon igualmente derrapa em Londres.
Em linha, o açúcar transita neste mesmo corredor. Tem boas perspectivas para Brasil e Índia, de oferta.
As duas commodities estão em queda acima das demais, só atrás do algodão.
O trigo mantém perspectivas de a oferta ucraniana não ser interrompida pela Rússia, enquanto se divide em um entrega mundial ajustada, pelos lados argentinos, principalmente.
Já o milho tem fundamentos hora pendendo a favor da demanda, hora contrários, tendo em vista também a conclusão da safra americana. Está mais próximo da estabilidade, parecido à soja.
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