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Giro das commodities: com olho no dólar aqui, todas sobem por ajustes e fundamentos

04 out 2022, 7:28 - atualizado em 04 out 2022, 7:55
Café
Café tem expectativa de alta pelo granizo em áreas produtoras de Minas (Imagem: Pixabay/Young_n)

O desempenho do dólar no Brasil vai ditar parte dos negócios com as commodities agrícolas, especialmente se houver recuperação após as baixas da segunda em cerca de 4,09%.

No exterior, o ambiente financeiro está favorável nesta passagem da terça (4), com a divisa americana em queda e os futuros de ações em alta nos Estados Unidos. O petróleo busca quase os US$ 90, já passando dos 1% de alta em Londres.

Enquanto isso, nas telas dos mercados futuros de Chicago e Nova York todos os ativos estão em alta, em um range móvel de 0,30% a cerca de 1,10%, misturando ajustes e fundamentos, às 7h30 (Brasília).

Soja e açúcar buscam ainda correções, mas pelos lados dos fundamentos o sentido seria o contrário nos vencimentos de novembro e março, respectivamente, US$ 13,79 e 17,50 c/lp.

O grão deverá ter semana com negócios pontuais, sem a China comprando pelo feriadão local, e safras saindo no EUA e plantando aqui, mais estoques americanos acima vistos pelo USDA.

Se o câmbio for mantido em linha com a segunda, pelo bom desempenho do governo nas eleições e fortes bancadas no Congresso, os prêmios nos portos afastam os brasileiros.

Para o açúcar, a ICE computou aumento dos lotes registrados, sobre 2021, todos de origem brasileira, o que implica em mais ofertas, algo já apontado pelos números da safra dando mais adoçante que etanol nos últimos dois meses, além de dados internacionais de superávit mundial.

Milho mantém pouco de vigor, US$ 6,83 no dezembro, com os inventários mais justos e atenção à guerra na Ucrânia, assim como o trigo que busca US$ 9,18.

O segundo grão igualmente sentiu a menor disponibilidade do cereal americano e vinha de realização de lucros.

O café despencou feio, mais de 2,60%, daí que igualmente busca ajuste, mas também notícias de chuvas de granizo ontem no Sul de Minas e tempestades em partes do Espírito Santo, que podem ter prejudicados as floradas da próxima safra, ficam no radar.

Já vai passando de 1,10% de alta, a maior entre os derivativos agrícolas, a 218,13 c/lp.

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