Giro das commodities: com o risco pairando nos mercados, só café se ajusta sobre barganhas
Sem fundamentos fortes que anulem o dólar mais alto cotado no exterior, que injeta um início de segunda (21) colado à aversão ao risco, as commodities estão em recuo nas bolsas de futuros de Chicago e Nova York.
Em linha com o cenário financeiro, os índices americanos descem, e o petróleo acompanha essas baixas que refletem as consequências da projeção das economias mais debilitadas.
A demanda no físico em xeque não oferece sustentação aos ativos negociados a futuro.
Por volta das 8 horas (Brasília), apenas o café arábica consegue escapar um pouco pelo grau maior de perdas, que chegaram às mínimas de 1,6 ano, e de mais de 7,5% na semana passada.
Correção de alta sobre barganhas no vencimento mais ativo, o março, a 0,43%, a 155,75 c/lp, mas com fragilidade para conseguir manter até o fim desta segunda (21), ante condições de oferta futura brasileira acima da capacidade de consumo que a recessão acabará por impor.
A soja para janeiro volta ao vermelho. Na sexta saiu levemente positiva por compras técnicas sobre preços baixos, após duas sessões ruins. Fechou a semana em baixa.
As condições da safra no Brasil e nos Estados Unidos não oferecem sustentação, enquanto o foco está sobre a demanda chinesa, às voltas com o forte combate aos casos de covid.
O grão cede 0,55%, a US% 14,19.
O milho avançou levemente na sexta e na semana, mesmo com o dólar mais caro, mas não resiste nesta passagem da tela de dezembro. Cai 0,50%, a US$ 6,63.
No caso do trigo, a falta de apoio para superar o dólar mais forte vem de condições ainda abertas às exportações da Ucrânia, pelo Mar Negro.
A cotação de dezembro do cereal esta em US$ 7,97, menos 0,65%.
Para o açúcar bruto, em Nova York, os operadores aproveitam para a realização de lucros, após altas apoiadas no dólar no Brasil pressionando o real. O vencimento de março entrega 0,90%, a 19,87 c/lp.
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