Giro das commodities: café foi a única a se sustentar, ignorando até correções dos ralis
Sem muita ajuda dos mercados financeiros globais, as commodities finalizaram as operações em Chicago e Nova York dentro do esperado em relação aos seus fundamentos, nesta quinta (24).
Nem realização de lucros aconteceu, como a esperada para o derivativo de café, que na sessão da quarta extrapolou ao pico de 10 anos.
O tipo arábica subiu mais um pouco, acima de 1,5%, no vencimento de março, a 245,40 cents de dólar por libra-peso, atrelado ao descasamento global que a safra brasileira, com expectativas de recuperação mais curta, está lançando sobre os mercados.
A soja de janeiro caiu 6 pontos, ao redor de 0,5%, levemente puxada pela queda do farelo, acima de 3%, e se fixou até a abertura dos trabalhos amanhã em US$ 12,68.
Ainda não há novidades fortes em relação à pressão de maior demanda que a China poderia imprimir no mercado dos Estados Unidos, apesar de ter melhorado a opção de compra para o grão brasileiro.
E a colheita nos EUA se encerrou e o plantio no Brasil também, praticamente, em boas condições.
O milho, da próxima liquidação importante, de dezembro, fechou em recuo residual, de 2 pontos, para US$ 5,80 o bushel.
O açúcar sentiu o peso dos dados menores de Unica, realizados hoje, em relação à produção, mas dentro do esperado, embora os números do volume de cana foi um pouco acima das previsões no acumulado da safra.
Ainda se coloca dúvidas sobre a oferta brasileira da campanha 22/23, embora a Índia esteja com safra cheia em andamento, de 36 milhões/t.