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Gigantes de tecnologia dos EUA usam Índia como centro de testes

04 out 2019, 7:58 - atualizado em 04 out 2019, 7:58
Índia tem regulamentos, mas não parece ser tão protecionista quanto a China, segundo analista da RBC Capital Markets (Imagem: Pixabay)

A Índia emerge como o campo de testes e aquisições para empresas globais de tecnologia de consumo, segundo um analista de Internet veterano.

Mark Mahaney, da RBC Capital Markets, que se autodenomina o “analista de Internet mais antigo” de Wall Street, depois de cobrir o setor por mais de duas décadas, disse que a Índia agora é mais popular que mercados como a China, porque tem a mesma dinâmica de crescimento, mas com menos regulamentações.

Sendo uma das maiores economias e países mais populosos do mundo, a Índia se transformou em um campo de testes para empresas como Facebook, que usou o país para um teste beta de um recurso de pagamentos para o WhatsApp.

A Netflix lançou um plano móvel na Índia por 199 rupias (US$ 2,80), muito mais barato do que o cobrado por um plano básico em outros mercados, e criou conteúdo original para conseguir mais participação de mercado.

“A Índia tem regulamentos, mas não parece ser tão protecionista quanto a China“, disse o analista, de 53 anos. A Índia estuda uma nova lei que exigiria que dados pessoais fossem armazenados localmente, o que poderia prejudicar as operações de gigantes de Internet, mas Mahaney continua confiante de que essas empresas ainda podem ganhar mercado.

Além do crescimento orgânico, as aquisições são outra estratégia para esses grupos na Índia, principalmente porque enfrentam mais escrutínio em casa e na Europa Ocidental. “Há uma oportunidade de crescer” na Ásia, principalmente na Índia, disse Mahaney.

A Amazon.com já buscou negócios no país do sul da Ásia ao tentar comprar a pioneira de comércio eletrônico indiana Flipkart Online Services, antes desta ser adquirida pelo Walmart ano passado.

Facebook, Netflix, Amazon e Alphabet podem ganhar muito na Índia, disse Mahaney, que tem recomendação de compra para as ações dessas empresas.

“A Índia representa menos de 5% da receita total da Amazon, mas tem potencial” para chegar a esse nível em cinco anos, disse Mahaney.

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