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Gigante árabe quer ajuda do Brasil para comprar fatia importante na Braskem (BRKM5)

01 dez 2023, 10:00 - atualizado em 30 nov 2023, 15:32
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Os representantes da empresa queriam solicitar uma ajuda a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. (Imagem: Divulgação/Braskem)

Documentos vazados nesta quinta-feira (30) revelam a intenção dos Emirados Árabes Unidos em realizar acordos comerciais com mais de 15 nações durante a COP28. Entre eles um dizia que seria solicitada a ajuda do Brasil para adquirir uma participação importante na  Braskem (BRKM5).

No início deste mês, a Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) fez uma oferta de US$ 2,1 bilhões para a compra de parte da maior empresa petroquímica da América Latina.

Segundo o comunicado ao mercado, em 9 de novembro, a proposta dizia que o montante será pago pela estatal de Abu Dhabi 50% em dinheiro, na data do fechamento da transação. O restante será convertido em dólares americanos e pagos mediante um instrumento sênior ao equity da Adnoc.

Para “garantir o alinhamento e o endosso” em relação a oferta, os representantes da empresa queriam solicitar uma ajuda a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do Brasil durante principal evento ambiental do mundo.

Segundo a apuração realizada pela BBC, os documentos dos Emirados Árabes vazados foram preparados para auxiliar Sultan al-Jaber, presidente da Adnoc e a Masdar (empresa estatal de energias renováveis, nessas reuniões.

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Emirados Árabes tentaram usar um evento ambiental para negociar combustível fóssil

Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) iniciou nesta quinta-feira (30) e tem como principal assunto a sustentabilidade, incluindo a diminuição do uso de fontes de energia não renováveis como o petróleo e o gás, principais fontes de renda do anfitrião da vez, os Emirados Árabes.

De acordo com documentos vazados e apurados pela BBC, os árabes tinham planos para discutir acordos relacionados aos combustíveis fósseis com ao menos 15 nações.

Entre os documentos, um falava sobre uma reunião com a China em que a empresa petrolífera dos Emirados Árabes se dizia “disposta a avaliar oportunidades conjuntas de GNL (gás natural liquefeito)” em Moçambique, Canadá e Austrália.

Segundo a apuração, também foram encontrados documentos que indicavam uma reunião com a Colômbia, que dizia que a mesma empresa estaria pronta para apoiar o país sul-americano no desenvolvimento de recursos no setor de combustíveis fósseis.

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