Gestores da XP veem juro abaixo de 7% e reduzem exposição em Tesouro IPCA
A partir da perspectiva de uma inflação cada vez mais fraca, a equipe de gestão do fundo multimercado XP Macro atribui uma projeção para a taxa Selic “mais baixa do que o atualmente precificado mercado”, conforme carta mensal escrita pelo time da XP Gestão.
Em termos práticos, eles decidiram migrar a maior parte das posições em Tesouro IPCA (antiga NTN-B, títulos púbicos atrelados à inflação) para juros nominais (DIs), concentrando a exposição em contratos com vencimento em janeiro de 2019 – e também janeiro de 2020.
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Isso porque eles creem que “a curva de juros embute uma alta mais forte do que o necessário nesse período. (…) Acreditamos que o Banco Central poderá buscar uma Selic em torno de 7%, potencialmente indo um pouco abaixo desses níveis”, diz texto divulgado nesta terça-feira (5).
Tal estratégia ajudou na alta de 1,83% do fundo XP Macro em agosto. No ano, o fundo acumula rentabilidade de 133% do CDI.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) começou nesta terça-feira, em Brasília, a sua sexta reunião do ano com a expectativa de novo corte na Selic em 1 ponto percentual nos atuais 9,25% ao ano para 8,25% ao ano. O mercado prevê que o juro básico continuará a ser reduzido e encerrará 2017 em 7,25% ao ano.