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Gestora com US$ 2 bi estuda sair dos EUA; ‘governo se tornou abertamente hostil às cripto’

23 maio 2023, 17:25 - atualizado em 23 maio 2023, 17:25
Estados Unidos criptomoedas Bitcoin
Bart Stephens, fundador e sócio-gerente da empresa, comentou que, enquanto os EUA estão pressionando, existem países que estão acolhendo (Imagem: Unsplash/Robert Linder)

A Blockchain Capital, uma das maiores empresas de investimento em risco (venture capital) no setor de criptoativos afirmou que está avaliando sair dos Estados Unidos em meio ao “ambiente regulatório hostil”. A venture capital adminitra cerca de US$ 2 bilhões em seu portfólio.

Bart Stephens, fundador e sócio-gerente da empresa, comentou ao The Block nesta terça-feira (23) que, enquanto os EUA estão pressionando, existem países que estão acolhendo.

O portfólio da empresa inclui grandes corretoras, protocolos descentralizados e empresas da indústria como Bitgo, Opensea, Uniswap (UNI), Ripple, Messari, Kraken, Aave (AAVE) e até mesmo a Coinbase (COIN).

“Enquanto os EUA estão terceirizando a inovação da tecnologia blockchain, outras jurisdições como o Reino Unido, os Emirados Árabes Unidos e Hong Kong estão cortejando ativamente empreendedores americanos e empresas de capital de risco como a Blockchain Capital. A criptografia é uma indústria global e é baseada no conceito de descentralização, por isso estamos explorando a descentralização de nosso capital financeiro e humano”, disse.

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Venture capital estuda países com regulação mais amigável

Stephens comenta que a empresa já está estudando países onde a regulação está mais amigável, ou apelo menos mais clara, do que o país norte-americano. Entre os exemplos citados, ele lembra que a regulação em Hong Kong, bem como na Europa, está passando por mudanças desde o começo do ano.

Na Europa, foi implementada em abril uma regulamentação dos Mercados de Ativos Digitais (Markets in Crypto-Assets, ou MiCA) que planeja trazer mais clareza regulatória e leis específicas para esse mercado.

Em Hong Kong, o governo já esclareceu que a negociação de criptoativos será devidamente aberta até junho deste ano. Além disso, o governo reforçou que, até lá, não existe uma lei que defina serviços bancários com cripto como ilegal.