Mercados

Gestor com R$ 130 bi vê dois papéis mais atrativos após ‘liquidação’ com tarifas de Trump

25 jul 2025, 17:51 - atualizado em 25 jul 2025, 18:09
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Para ele, agora, o investidor espera que Trump, finalmente, comece a atuar da forma como um presidente pró-mercado (Imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein)

Na bolsa, dois papéis que sempre foram muito queridos pelos investidores, despencaram: Embraer (EMBR3) e WEG (WEGE3). Altamente expostos ao mercado americano, as companhias viram as suas ações derreterem mais de 20% após o presidente Donald Trump taxar o Brasil em 50%.

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Mesmo assim, o gestor da Kinea Investimentos, que administra R$ 131 bilhões, Ruy Alves, vê a dupla mais atrativa após o tombo.

“No Brasil, há apenas alguns casos específicos que despertam interesse. Por exemplo, nesta correção causada pelas tarifas, Embraer e WEG, ficaram mais atrativos”, disse em entrevista ao Money Times.

Naturalmente, afirma ele, a aposta é de que essas tarifas sejam revertidas.

“Não se trata de um ambiente cheio de oportunidades no mercado de ações. O que há são oportunidades macroeconômicas. Para a bolsa brasileira subir de forma sustentada, é necessário basicamente que a curva de juros B longa [de longo prazo] feche”

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Ele diz ainda que talvez não seja interesse do governo reverter essas tarifas.

“Dá popularidade para o governo essas tarifas e não afeta o governo macroeconomicamente. Você reverteria se fosse o governo? Você negociaria para reverter? Se está ajudando popularidade e, ao mesmo tempo, o efeito macroeconômico é pequeno?”.

Redução das incertezas

Ainda segundo Ruy, é possível ver alguma luz no fim do túnel.

“Eu espero que tenha passado pelo pior da incerteza. Quando se lida com alguém que tem uma ideologia muito forte, o problema é até onde essa ideologia vai acima da racionalidade”.

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Na sua visão, parece que “o pior momento desse embate já passou — ou está em vias de passar —, no sentido de que ele está chegando a acordos”.

“Sei que ainda existem tarifas específicas, setoriais, mas estão sendo concluídos alguns dos acordos mais difíceis, como com Japão, União Europeia e Coreia. Isso indica que o pior momento pode estar ficando para trás”.

Para ele, agora, o investidor espera que Trump, finalmente, comece a atuar da forma mais pró-mercado.

“Mas, de modo geral, mesmo que se apliquem tarifas de 15% nos momentos mais críticos, o efeito macroeconômico não é tão significativo”.

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Em sua visão, o mais importante é eliminar a incerteza.

“Uma vez fixada a tarifa de 15%, essa incerteza é removida, o impacto macroeconômico permanece limitado, e o ambiente se torna mais propício ao investimento, com um grau maior de previsibilidade”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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