Market Makers

Gestor avisa: Estamos próximos da virada na bolsa; ‘quando acontecer não será aos poucos’

25 maio 2023, 20:22 - atualizado em 26 maio 2023, 0:08

A virada na bolsa, que sofre desde o início do ciclo de alta dos juros em março de 2021, está próxima de acontecer, afirma o gestor José Rocha, da Dahlia Capital, em mais um episódio do Market Makers.

Atualmente, o Ibovespa (IBOV) negocia a um preço sobre o lucro (P/L) de 5,45 vezes, o menor patamar desde o primeiro mandato do governo do presidente Lula, ainda em 2002, segundo a plataforma Oceans 14.

Para ele, inexiste uma bala de prata capaz de fazer com que a bolsa reaja. “Os Estados Unidos precisam parar de subir os juros, a China reabre e aí o dólar cai abaixo de R$ 5″, argumenta.

Porém, se os juros aqui no Brasil recuarem, algo que o mercado espera que ocorra no segundo semestre, isso será o ‘principal catalizador’.

Veja o episódio na íntegra:

“Está barato para chuchu. Iguatemi (IGTI11) está barata. Pegue o upside (potencial de alta) de Eletrobras (ELET3), Localiza (RENT3), Banco do Brasil (BBAS3). Ter os upsides nos níveis que estão hoje é um negócio atípico. Quando vocês conversam com os megainvestidores como Luiz Alves, Luiz Barsi, o que eles estão fazendo agora? Essa é uma pergunta boa de se fazer”, argumenta.

Ele lembra ainda que a locação em bolsa no Brasil é a menor de todos os tempos pelas métricas. “É um momento histórico. O (fim) do bear market (mercado de queda) está nos 45 minutos do 2º tempo. O Brasil só precisa tirar nota 6 e passar de ano”.

Veja o episódio na íntegra:

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Bolsa está barata?

E não é só os gestores que estão otimistas com a bolsa. Mesmo com a recuperação de 6% neste mês, a Guide Investimentos destaca que o índice segue descontado e pode subir mais.

“Parte da explicação para a alta está na maior convicção na queda da taxa Selic ainda em 2023 (os dados recentes e a comunicação do Banco Central foram neste sentido) e parte está na redução das posições vendidas em nossa visão”, escreve.

Ainda segundo a corretora, as ações ainda têm um longo caminho para “andar” antes de deixar de ser uma boa opção de investimentos.