Gerdau quer oficializar atuação como importadora e comercializadora de gás natural
A Gerdau (GGBR4) vai propor aos acionistas, na assembleia marcada para 18 de dezembro, uma alteração no seu objeto social. A intenção é incluir as atividades de importação e comercialização de gás natural, bem como demais atividades correlacionadas.
Atualmente, o artigo 2º do seu Estatuto Social determina que a Gerdau atua apenas em duas frentes: a) participação no capital de sociedades com atividades de indústria e comércio de produtos siderúrgicos e ou metalúrgicos; e b) exploração da indústria e do comércio de produtos siderúrgicos em geral.
É justamente este artigo 2º que a companhia deseja alterar, a fim de incluir também a importação e comercialização de gás natural. Se os acionistas concordarem, na prática, a Gerdau deixaria de adquirir gás natural apenas para consumo próprio, em suas usinas, e poderia, no limite, vendê-lo ao mercado.
A ampliação do objeto social da Gerdau foi discutida pelo conselho de administração, que aprovou a submissão da proposta à assembleia de acionistas.
Precedentes
A Gerdau já mantém um longo histórico de uso de gás natural em suas plantas. Em 2005, por exemplo, a Gerdau Açominas tornou-se a primeira empresa de Minas Gerais a utilizar gás natural comprimido em sua linha de produção.
Além disso, três meses atrás, três unidades da companhia foram autorizadas pelo Ministério de Minas e Energia a importar gás natural da Bolívia. A Gerdau Aços Longos recebeu aval para comprar 169 mil metros cúbicos por dia do combustível. A Gerdau Aços Especiais, 140 mil metros cúbicos/dia; e a Gerdau Açominas, mais 210 mil metros cúbicos diários.
Veja a ata da reunião do conselho de administração da Gerdau.
Veja o atual Estatuto Social da Gerdau.