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Gerdau: Credit Suisse reitera aposta “acima da média” com tarifa de Trump

01 mar 2018, 17:49 - atualizado em 01 mar 2018, 17:49

As ações do grupo Gerdau subiram no pregão desta quinta-feira (1) na B3, na esteira do anúncio de medidas protecionistas contra a importação de aço nos Estados Unidos, país onde a siderúrgica tem forte atuação.

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De acordo com agências internacionais, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse a executivos do setor que vai impor tarifa de 25% para a importação do aço e de 10% para o alumínio. Não está claro ainda se isso será aplicado a todas as importações de metais direcionadas ao país ou se será restrito a um grupo de países.

Os analistas do Credit Suisse veem o fato como positivo para a Gerdau. A medida tende a aumentar o poder das siderúrgicas locais em repassar preços. Além disso, o potencial aumento de volumes “ainda não está completamente incorporado nos papéis da Gerdau”. Nos cálculos deles, a cada 1% de alta média do preço praticado nos EUA, o Ebtida da empresa aumenta em até 3%.

Em relatório a clientes, a equipe do banco suíço composta por Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha reiteram a recomendação “outperform” (expectativa de desempenho acima da média do mercado) para a ação GGBR4, com preço-alvo em 12 meses de R$ 19.

A longo prazo, os analistas ressalvam que parte do volume de aço estrangeiro que iria desembarcar nos Estados Unidos pode ser desovado no Brasil, o que elevaria a penetração de importações no mercado doméstico.

Em pregão de baixa de 0,30% do Ibovespa, os papéis preferencias da Gerdau (GGBR4) se valorizavam em 2,23%, cotados a R$ 16,99. Já as ações da holding Gerdau Metalúrgica (GOAU4) registravam elevação de 1%, vendidas a R$ 7,95.