Geradoras vivem cenário de “pesadelo”, avalia Credit Suisse
As ações do setor elétrico, principalmente as geradoras de energia, vivem um “cenário de pesadelo”, avalia o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes neste domingo (5) e assinado pelos analistas Vinicius Canheu e Arlindo Carvalho.
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Eles avaliam os altos níveis de escassez de água e preços no mercado à vista devem seguir por, ao menos, mais um ano. O crescimento da demanda continua fraco e a baixa hidrologia tem levado os níveis dos reservatórios para níveis raramente vistos (18%).
Contudo, o banco avalia que a recuperação econômica tende a melhorar o ambiente para novos contratos de longo prazo, o que pode melhorar os preços nos próximos anos. Com isso, as estimativas para a Engie (EGIE3), AES Tietê (TIET11), geradoras puras, foram elevadas.
Energias do Brasil (ENBR3) e Copel (CPLE6), que são empresas integradas (também operam na distribuição), mas têm a maior parte de suas receitas na geração também receberam uma avaliação mais positiva.
“As geradoras estão entre as piores ações no mercado local este ano, então a combinação de seu desempenho inferior e uma perspectiva de ganhos menos negativa de 2018 nos levam a atualizar Engie e AES Tietê”, explicam. Para a EGIE3 o preço-alvo passou de R$ 34 para R$ 37 e para AES Tietê permaneceu em R$ 14. A recomendação passou de desempenho abaixo ada média para neutra.
A estimativa de preço-alvo para a Copel (CPLE6) passou de R$ 26 a R$ 32 e da Energias Brasil de R$ 15 para R$ 16,50. Os papéis da Cesp (CESP6) foram reduzidos de R$ 20 para R$ 16.